sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Akon: "Não conheço uma única mulher que pode satisfazer todas as necessidades de um homem"

Akon is no stranger to having multiple wives! It’s no secret that he believes in polygamy, but now he has taken things a step further by saying that if American culture legalized polygamy, it would decrease domestic disputes in relationships.

Years ago, he shook up the Internet when he said, “I can afford to have as many wives as I can afford to have,” and when TMZ caught up with him at LAX the other day his views don’t look like they’ve changed at all. While speaking to a few cameramen, he explained that guys are “natural breeders,” and it was intended for men to lay up with multiple chicks. He also said that there are too many folks out here treating their dating relationships like marriage and should be testing out the waters more than being locked down in some monogamous relationship.
If America adopted that [polygamy] culture there would be less domestic disputes. The average guy in the world has a main girl and they got a side chick. And then they got a jumpoff. At the end of the day as a male we are natural breeders by nature. We can’t even escape it if we wanted to. Let’s say you put 1,000 guys on one corner and one bad chick walk past. You gon’ see 1,000 heads go, ‘Damn.’ They don’t even know why they doing it. They’re natural breeders. It’s in their genes, they can’t help it. Even if you’re walking with your girl and you’re holding her hand and you see a bad chick walk by and she lookin’ at you like, ‘Boy you better not look,’ you gonna wanna look so bad and you don’t even know why that urge is there, but you’re a natural breeder. It’s what we do. Men are put on this earth to breed and the reason why God put multiple women on this earth is for that.

On reproduction

When looking at reproduction, there’s always going to be more reproducing than actual reproducers themselves. There’s more to it scientifically, but as humans, women need to take more time to understand men. If they can do that I think things will work out better for us.

On Marriage

Marriage just solidifies a relationship between a man and a woman spiritually under God’s eyes. So, I can be spiritually attached to her, and still be spiritually attached to [another woman], and still be spiritually attached to [yet another woman].

Now, when you’re talking about commitment, understanding, loyalty…that’s a different conversation because what happens now is that people are having relationships, boyfriend and girlfriend, and treating it like it’s actually marriage. You’re just dating. The whole purpose of dating is so you can date this one, and date this one, and date this one until you find out, ‘Okay, this is the person I want to spend the rest of my life with. Okay, now I commit to what’s called marriage.’ You find that one woman that supplies everything that you desire in a woman, of course that will be a motivation to stick with that one woman, but I don’t know no one woman that can satisfy every man’s one need. It’s impossible. Just like there’s not one man that can satisfy a woman’s every need, but women aren’t built to breed like that or mate with more than one partner. Women aren’t built that way, men are.
Back in 2006 after Akon sat down with Angie Martinez and spilled the tea on his multiple wives situation, he told AllHipHop.com that he got some heat from people behind the scenes who wanted him to keep his private business to himself but most men he knows have multiple girlfriends.
In the [music] business, it’s not just Muslims doing it. You got Jews that practice it and all that kind of stuff. I think the average guy is doing right now. He’s just not married. Everybody that I hang with got multiple girlfriends.
Also, in 2007, Akon’s former fiancée, a 23-year-old model named Rachel, revealed why she walked away from Akon before it was time to walk down the aisle and become his fourth wife:
The reality check really came when Akon told me he had his fifth child with one of his wives. For the first few months I got completely freaked out because even though I knew he had other wives, I never really thought about him being with them because his main attention was always on me – or so I thought.

He does not live with his wives but the birth of his latest child made everything become real and made me realize that I would always have to share the man I love while accepting his other relationships.

I came from a past that was very dramatic and [abusive] into a relationship that appeared to be perfect.

There was never any friction. Akon was honest with me about his mutiple wives from the start, which never got in the way of our relationship because his wives live in various parts of the world, so I thought why fix it if it’s not broken? But now I have a had a complete change of heart. Akon’s love and attention was not enough. I want a lot more from a man – I need him to be active in my life not passive.

It’s not Akon’s fault. He is only following his cultural and religious tradition and I had to decide whether I wanted to be a part of his customs. In the end I chose to walk away. I wish him all the best and I hope that we can still remain friends.
Watch Akon talk polygamy below:

terça-feira, 24 de setembro de 2013

24/09/1890: Há 123 anos a Igreja SUD renunciava oficialmente à poligamia

Em 24 de setembro de 1890, confrontados com a destruição eminente de sua igreja e modo de vida, líderes mórmons relutantemente emitiram o "Manifesto Mórmon", no qual mandaram todos os Santos dos Últimos Dias apoiarem as leis anti-poligamia da nação. Os líderes mórmons não tinham muita escolha: se não abandonassem a poligamia, enfrentariam a confiscação federal de seus templos sagrados e a revogação de direitos civis básicos a todos os mórmons.

Seguidores de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias vinham praticando a doutrina do "casamento plural" desde a década de 1840. A melhor evidência disponível sugere que o fundador da igreja, Joseph Smith, começou a tomar esposas adicionais em 1841 e historiadores estimam que ele eventualmente se casou com mais de 50 mulheres. Por um tempo, a prática foi mantida em segredo, embora rumores de poligamia generalizada tivesse inspirado muito do ódio e da violência inicial contra os mórmons em Illinois. Depois de estabelecer seu novo estado teocrático centrado em Salt Lake City, os élderes da igreja confirmaram publicamente que o casamento plural era uma crença central mórmon em 1952.

A  doutrina era claramente unilateral: as mulheres mórmons não podiam se casar com múltiplos homens. Nem todo homem mórmon podia participar. Apenas aqueles que demonstrassem níveis anormalmente elevados de dignidade espiritual e econômico eram autorizados a praticar o casamento plural e a Igreja também requeria que a primeira esposa desse seu consentimento. Como resultado dessas barreiras, relativamente poucos homens mórmons tinham múltiplas esposas. As melhores estimativas sugerem que homens com duas ou mais esposas compunham apenas de 5 a 15 por cento  da população da maioria das comunidades mórmons.

Apesar de apenas uma pequena minoria dos mórmons praticarem o casamento plural, muitos líderes da igreja estavam muito relutantes a abandoná-la, argumentando que fazer isso destruiria o modo de vida mórmon. Ironicamente, no entanto, o chamado do Manifesto Mórmon pelo fim da poligamia na verdade pavimentou o caminho para uma cooperação maior entre mórmons e gentios e pode muito bem ter ajudado a assegurar a vitalidade duradoura da religião.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

TLC estreia novo reality show sobre poligamia



O canal pago americano TLC está se preparando para apresentar seus telespectadores a uma nova família polígama. Mas se você pensa que essa é apenas uma nova versão do reality show Sister Wives, você pode ser agradavelmente surpreendido pela reviravolta do programa sobre os valores poligâmicos.

O especial de uma hora My Five Wives vai estrear no dia 15 de setembro às 21h00. A série vai apresentar uma família polígama que abandonou a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mais conhecida como Igreja Mórmon, em protesto a suas crenças conservadoras.

Como só o TLC sabe fazer, o sucesso do especial pode levar a uma série.

Brady Williams, suas cinco esposas e um total de 24 filhos, moram próximo a Salt Lake City. Eles acreditam em todo tipo de ideias progressistas que não são compartilhadas pela Igreja Mórmon, incluindo igualdade para todos e um Deus que aceita a todos.

Evitados por seus antigos irmãos da Igreja, a família diz que são polígamos por escolha e não apenas por causa de uma doutrina religiosa.

Produzido pela Relativity Television, a série também vai mais fundo nos relacionamentos da família que Sister Wives. Câmeras foram permitidas nos quartos e as mulheres falam abertamente sobre seus horários com Brady.

Para ler descrições sobre os participantes do especial, clique aqui.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Quatro pessoas, cinco casais: conheça a rotina dos 'poliafetivos'

Do lado superior esquerdo, em sentido horário - Sarah,
Chris, Charlie e Tom. Tom tem um relacionamento há
cinco anos com Sarah, que tem um noivo, Chris.
Chris tem uma relação com Charlie, e as duas mulheres
também são amantes. Na mesma casa vivem quatro
pessoas que formam cinco casais, adeptos do chamado
poliamor.
Charlie está sentada em um sofá ao lado do marido, Tom, na casa do casal na cidade de Sheffield, no Reino Unido. Eles são casados há seis anos.

Do outro lado de Tom, no mesmo sofá, está Sarah, que tem um relacionamento há cinco anos com Tom. O noivo de Sarah, Chris, está na cozinha, fazendo chá.

Chris também tem uma relação com Charlie, e as duas mulheres também são amantes. Então, na mesma casa vivem quatro pessoas que formam cinco casais.

"Planejamos envelhecer juntos", afirma Charlie.

Os quatro estão envolvidos em um relacionamento "poliafetivo", que é a prática de manter relacionamentos íntimos simultâneos com mais de uma pessoa por vez, com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos.

O termo em inglês para "poliamor" ("poliamory") entrou no dicionário Oxford apenas em 2006. Trata-se de um tipo de relacionamento que ainda tão raro no Reino Unido que, em algumas ocasiões, Tom precisa dar explicações sobre sua vida pessoal.

"Tive muitas conversas com colegas nas quais eu comecei a explicar e eles só chegaram até (o ponto onde falam) 'então todo mundo trai todo mundo' e nunca consegui passar disso. Eu disse que não, todo mundo está bem com isso, todo mundo sabe o que está acontecendo, ninguém está enganando ninguém", afirmou.

Veto

Se algum deles quer se envolver com outra pessoa, terá que apresentar o caso aos outros três e todos têm poder de veto ao novo relacionamento.

"Não podemos usar o veto por motivo tolo, como por exemplo, gosto pessoal", afirmou Sarah. "Se você está saindo com alguém e eu não entender a razão de você achar a pessoa atraente, isto não será razão para eu falar não, você não pode sair com esta pessoa."

Todos afirmam que a única coisa que é encarada como infidelidade é a mentira.

"Por exemplo: antes de eu ir neste primeiro encontro ontem, me sentei com cada um dos meus três parceiros e chequei com cada um deles se estava tudo bem. Trair seria (algo como) eu sair escondida, dizendo que ia me encontrar com um amigo X e não dizer que era um parceiro romântico em potencial."

As regras e limites do relacionamento entre os quatro são negociados cuidadosamente.

E tudo começou duas semanas depois de Tom e Charlie se transformarem em um casal, quando Tom sugeriu que eles não fossem mais monógamos e, para Charlie, esta foi uma ótima ideia.

"Eu tinha medo de me comprometer pois nunca tinha encontrado alguém por quem eu pudesse me apaixonar completamente e exclusivamente. A ideia de esta não ser uma relação monógama permitiu que eu me apaixonasse profundamente por Tom sem medo de partir seu coração ao me apaixonar por outra pessoa", disse.

E, para Charlie, o fato de Tom ter se apaixonado por outra mulher, Sarah, não foi tão ruim.

"Bem, Sarah é adorável. Fiquei tão feliz por Tom estar feliz com ela", disse.

Mas Sarah teve problemas para contar para seu noivo, Chris, que tinha se apaixonado por Tom.

"Nós conversamos sobre isto e o que significava estar apaixonada por mais de uma pessoa e isto não significava que eu o amava menos. (...) Não é como seu eu tivesse uma quantidade de amor para dar apenas para uma pessoa. Posso amar quantas pessoas couberem no meu coração e acontece que são algumas", afirmou Sarah.

Chris e Tom acabaram ficando amigos, e Chris se apaixonou por Charlie.

"Nunca passou pela cabeça do Chris não ser monógamo - agora ele fala que nunca voltará atrás", disse Sarah.

Gerenciamento e segurança

O dilema de como gerenciar um relacionamento é algo que a terapeuta de casais Esther Perel presencia o tempo todo.

"Você pode viver em uma instituição monógama e você pode negociar a monotonia, ou você pode viver uma escolha não monógama e negociar o ciúme. Escolha seu mal", disse.

Mas, para Charlie, Sarah e Tom o ciúme não é um problema.

"Sempre há uma pequena quantidade de insegurança", diz Sarah, lembrando como se sentiu quando seu noivo se apaixonou por Charlie. "Mas compare meu pequeno incômodo com a enorme quantidade de amor que posso ver nos dois e, honestamente, senti que eu seria uma pessoa muito ruim se eu falasse que meu incômodo era mais importante que a felicidade deles."

Charlie afirma que o ciúme é gerenciado de forma diferente neste tipo de relacionamento. O motivo do ciúme não pode simplesmente ser cortado dos relacionamentos das pessoas envolvidas, o motivo do ciúme precisa ser analisado. E, algumas vezes, as conversas entre eles duram a noite toda.

"Nós conversamos muito mais do que fazemos sexo", conta Charlie, rindo.

Mas algumas pessoas apontam que é natural para os humanos se unirem em pares.

Segundo Marian O'Connor, terapeuta psicossexual no Centro para Relacionamentos de Casais de Tavistock Square, em Londres, o desejo de monogamia tem raízes profundas.

"Quando crianças precisamos de alguém que nos ame muito para poder progredir. Normalmente há uma pessoa que cuida da criança, geralmente a mãe. O relacionamento monógamo pode te dar um sentimento de certeza, um lugar onde você pode se sentir seguro e em casa", afirmou.

Agenda

"Na minha opinião é apenas um problema (o "poliamor") se sinto que um de meus parceiros está passando mais tempo com os outros parceiros do que comigo", disse Sarah.

Mas tudo é resolvido com a ajuda de uma agenda, que controla as noites de encontro.

"O casal que está em um encontro escolhe qual filme ver na TV e ajuda a controlar quem está em qual quarto", disse Charlie.

"Então, por exemplo, eu tenho uma noite semanal com Charlie. Então somos nós duas juntinhas, nós com a TV, nós indo para a cama juntas e tudo mais", disse Sarah.

Para a terapeuta de casais Esther Perel o "poliamor" é a "próxima fronteira".

"Temos uma geração que diz: nós também queremos relacionamentos estáveis, comprometimento e segurança, mas também queremos satisfação pessoal. Vamos ver se podemos negociar monogamia ou não monogamia de uma forma consensual que evite a destruição e a dor da infidelidade", disse.

Mas não é uma decisão simples. "A pessoas te olham de uma forma estranha na rua", diz Sarah, enquanto que Charlie diz que está se preparando para comemorar 30 anos sendo ridicularizada pelas pessoas. "Cada vez que você revela (a opção pelo "poliamor"), corre o risco de perder um amigo", diz.

Tom adota um otimismo cauteloso sobre a possibilidade que esse tipo de relacionamento se torne mais popular.

"Qualquer um que espere alguma grande mudança social de um dia para o outro está terrivelmente enganado, mas (a mudança) vai acontecer", disse.

Mas, enquanto a mudança não vem, os quatro estão planejando uma ceremônia não oficial para marcar o comprometimento entre eles.
Fonte: UOL Notícias

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Lista de discussão no Yahoo! Grupos

Grupo para discussões de questões sobre poligamia baseada no cristianismo. Como esse tema aparece frequentemente em listas mórmons e parece causar muita discórdia, esta lista irá proporcionar um local para discussão desse tema.

Temos uma política de não permitir que cópias de postagens desta lista sejam usadas contra usuários (ou não-usuários) desta lista de qualquer maneira. Este não é um fórum público, é o mesmo que minha sala de estar. O que é discutido aqui não sai daqui. (Isso também significa que somos gentis uns com os outros ou corremos o risco de sermos dobrados no sofá-cama.)

Este grupo não é especificamente para líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ou qualquer outra religião organizada e qualquer informação obtida desta lista não pode ser usada por conselhos disciplinares sob qualquer condição.

Se você não concorda com essas políticas - por favor, saia da lista.

Se você tem quaisquer dúvidas que você não tem coragem de perguntar ao grupo, sinta-se livre para me mandar um e-mail privado. Por favor, inclua uma breve explicação de quem você é quando fizer isso.

A lista de usuários do grupo está disponível apenas para mim, então não se preocupe sobre outras pessoas verem quem você é - a menos que você poste e assine com seu nome, como alguns de nós. :-)

Apesar das políticas definidas aqui, por favor, esteja ciente de que não podemos impedir seu Bispo de excomungá-lo por postar aqui. Sinto muito.

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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Quênia avança para a legalização da poligamia

Um projeto de lei que introduz mudanças profundas nas leis que governam a instituição matrimonial no Quênia acaba de ser introduzido no Parlamento desse país africano.

O projeto contempla a legalização da poligamia, sempre e quando a esposa ou esposas anteriores deem seu consentimento por escrito.

A lei também estabelece a divisão igualitária entre as esposas dos bens adquiridos no matrimônio quando este termina.

Uma cláusula controversa que proibia impor um preço às noivas – ou o pagamento de uma soma em dinheiro para a família da noiva por parte do noivo – foi eliminada.

As informações são do portal da emissora de TV britânica BBC.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Esposas polígamas são mais felizes, diz rainha de tribo africana

Rainha Nompumelelo MaMchiza, esposa do Rei Zulu Goodwill Zwelithini
(Foto: Phumlani Thabethe/The New Age Online)
Mulheres em casamentos polígamos estão melhor do que aquelas em casamentos civis, disse na quinta-feira a esposa do rei da nação Zulu Goodwill Zwelithini, a rainha Nompumelelo MaMchiza.

Ela estava falando a mulheres líderes do parlamento de KwaZulu-Natal e da região norte do Cabo, na África do Sul.

A rainha disse que a maioria das mulheres casadas enfrentavam algum tipo de cenário polígamo, mas aquelas em casamentos polígamos estavam numa situação muito "melhor, porque todos sabem o que acontece nesse casamento".

"Posso telefonar para o meu marido a qualquer momento, porque mesmo se ele estiver com outra esposa, eu posso ligar porque nosso casamento é às claras", disse.

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, foi largamente criticado por se casar com mais de uma esposa.

A quinta esposa do rei Zulu Goodwill Zwelithini foi franca em sua discussão sobre casamentos tradicionais versus casamentos modernos.

"Essa é uma questão controversa que você me pediu para discutir aqui hoje mas tenho visto casamentos modernos de meus pais e tenho testemunhado elementos de destruição dentro deles. Eu vim de um casamento tradicional e posso dizer, é o mesmo roteiro com um elenco diferente.

A rainha, que vive no Palácio eNyokeni em Nongoma, a única residência tradicional do rei, é professora. Ela anunciou que as datas para o tradicional baile anual da cana Zulu seriam alteradas esse ano. Ela disse que o baile, que reúne 25.000 virgens Zulu no Palácio eNyokeni, coincidiam com os exames matriciais.

"Esse ano o baile vai acontecer a partir de 1º de setembro. O monarca está preocupado que o baile coincida com exames importantes, acrescentando que crianças a partir dos três anos deveriam participar do evento que se destina a mostrar a pureza das meninas", disse.

Ela foi contundente em seu ataque contra pessoas que criticam o baile.

"Algumas pessoas dizem que o rei escolhe uma esposa no baile. Isso é incorreto. Se fosse esse o caso, então ele teria 30 esposas porque esse o baile completa 30 anos em 2013".

As informações são do site The New Age Online.

sábado, 29 de junho de 2013

Polígamos consideram decisões da Suprema Corte dos EUA promissoras

Polígamos veem a revogação do DOMA e da Proposição 8 pela Suprema Corte dos EUA como um passo para uma maior aceitação social – e por sua vez, legal – da poligamia. Estudiosos legais, por outro lado, não estão tão otimistas.

As decisões histórica da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre o casamento gay deram um sentimento de otimismo não só para a comunidade gay e lésbica: polígamos também estão lendo esperança nas entrelinhas.

No seu voto para EUA vs. Windsor, o Juiz Kennedy argumentou que a Lei de Defesa do Casamento, que define o casamento estritamente como entre um homem e uma mulher, é inconstitucional porque marca homossexuais como cidadãos de segunda categoria. Minutos depois, o presidente da Corte, juiz Roberts, derrubou a Proposição 8, uma emenda constitucional que baniu o casamento de pessoas do mesmo sexo na Califórnia

Enquanto essas decisões afetam diretamente apenas os estados que legalizaram o casamento de pessoas do mesmo sexo, aqueles que apoiam uniões plurais veem as revogações como um progresso para sua causa porque elas ampliam a definição de casamento.

A poligamia tem recebido exposição popular nos Estados Unidos devido a programas como Sister Wives, do canal pago TLC, e Amor Imenso, da HBO, e especialistas estimam que há entre 30.000 e 50.000 pessoas em uniões polígâmicas em todos os EUA. Embora polígamos residem por todo o país, os maiores enclaves se encontram em Utah, Arizona e outros estados do sudoeste devido às grandes populações de mórmons fundamentalistas vivendo ali.

Anne Wilde, uma mórmon fundamentalista e fundadora da organização de defesa dos direitos dos polígamos Principle Rights Coalition, espera que essas decisões representem um movimento em favor da descriminalização da poligamia.

"Acho que é um passo na direção certa", disse. "Como adultos em idade de consentimento, temos o direito de formar nossas famílias como acharmos conveniente, desde que não hajam outros crimes envolvidos (além da poligamia)".

Apesar de suas opiniões contrastantes em outras questões, defensores tanto a favor como contra a poligamia veem essas duas decisões como instrumentais para abrir as comportas para os casamentos plurais.

Tim Wildmon, presidente da Associação da Família Americana, centrada em valores cristãos, diz que derrubar a definição tradicional de casamento como sendo entre um homem e uma mulher deslegitima o argumento moral contra a poligamia.

"Isso abre a caixa de Pandora sobre como se define casamento neste país", disse. "Por que não ter três homens e duas mulheres se eles se amam? Por que limitar (o casamento) a duas pessoas?"

Mas a trajetória em direção a legalizar a poligamia não é tão simples, dizem estudiosos legais.

David Cohen, professor da Universidade Drexel especializado em direito de família, diz que a falta de aceitação generalizada da poligamia não é um bom presságio para sua legalização.

"Não há um movimento político neste país que esteja sequer perto de trazer os mesmos ganhos para a poligamia que foram trazidos para o casamento gay", diz.

Judith Areen, professora de Direito na Universidade de Georgetown, disse que os resultados desses dois casos são mais reveladores dos direitos do estado do que o potencial para a poligamia. Portanto, apenas o apoio à prática dentro dos estados traria essa mudança à tona.

"Se você está em um estado que não reconhece o casamento gay, esse estado não reconhecerá a decisão de Windsor", diz. "Esses casos sugerem que estados têm autoridade. Então enquanto os estados estão divididos sobre o casamento gay, eles são uniformes sobre a poligamia".

Ao contrário de outros nesse campo, Mark Goldfeder, professor de Direito na Universidade Emory, acha que as duas decisões têm impacto significante sobre o futuro da poligamia nos Estados Unidos. Goldfeder, que é especialista na interseção entre Direito e religião, diz que as cortes precisarão encontrar outras justificativas para manter estatutos anti-poligamia no lugar.

"É cem por cento provável que esses casos polígamos virão, mas eles não serão mais sobre se um relacionamento é imoral", diz Goldfeder. "A corte olhará se esses relacionamentos são prejudiciais a terceiros".

terça-feira, 25 de junho de 2013

Defensora do poliamor diz que o casamento gay "abre o caminho" da igualdade no casamento

É improvável que decisões da Suprema Corte sobre o casamento tenham impacto direto no status da poligamia e de outros relacionamentos com várias pessoas

A Suprema Corte dos EUA pode decidir a qualquer momento sobre contestações a duas leis que impedem o reconhecimento legal de casamentos de pessoas do mesmo sexo - a Lei de Defesa do Casamento (federal) e a Proposição 8, aprovada por eleitores da Califórnia - mas defensores de casais poliamorosos dizem que a "igualdade no casamento" para esse grupo minoritário é improvável num futuro imediato.

Anita Wagner Illig, uma porta-voz de longa data da comunidade poliamorosa que opera o grupo Poliamor Prático, não está certa do impacto direto de uma decisão que legalizaria o casamento de pessoas do mesmo sexo em todo o país.

Até recentemente, ela notou, "a comunidade poliamorosa expressou pouco desejo pelo casamento legal", mas agora mais opções parecem possíveis no futuro. "Nós poliamorosos estamos gratos por nossos irmãos e irmãs [LGBT] por abrirem o caminho da igualdade no casamento", disse Illig.

Illig acredita que na verdade há uma "ladeira escorregadia" com respeito ao reconhecimento legal da poligamia se a corte decidir em favor do casamento de pessoas do mesmo sexo no país inteiro, um argumento tipicamente invocado por detratores do casamento gay. "Um resultado favorável pela igualdade no casamento é um resultado favorável ao casamento com múltiplos parceiros porque a oposição não pode argumentar falta de precedentes para legalizar o casamento para outras formas de relacionamentos não-tradicionais", disse.

Mas Illig reconhece, "haverá um monte de reorganização necessária do sistema legal para estabelecer igualdade no casamento para casamentos com mais de duas pessoas. Um casamento de duas pessoas do mesmo sexo requer muito menos em termos de adaptação dos sistemas atuais, tais como Previdência Social, por exemplo, para acomodá-lo".

"É difícil prever" os efeitos colaterais legais possíveis das decisões da Suprema Corte" já que [os casos são] sobre reconhecimento oficial ao invés de criminalização", disse Jonathan Turley, professor de Direito da Universidade George Washinton, ao U.S. News.

Turley representa a família Brown, composta de quatro esposas e um marido, em sua contestação à lei de coabitação do estado de Utah. A família Brown estrela o reality show Sister Wives, do canal por assinatura TLC, que registra a vida diária da família, como também sua ida de Utah para Nevada depois que autoridades locais começaram a vigiá-los e abertamente considerar acusações criminais contra eles.

"Não há razão para que a decisão tenha impacto sobre a poligamia e particularmente sobre o caso da família Brown em Utah", disse Turley. "Polígamos estão onde casais homossexuais estavam antes de 2003 e da decisão Lawrence vs. Texas", um caso que derrubou leis contra relações consensuais entre pessoas do mesmo sexo, disse. "Nossa contestação é sobre a criminalização de relacionamentos plurais, não o reconhecimento de tais relacionamentos".

Numa entrevista datada de março com o NPR, Turley disse que muitas famílias polígamas são como os Brown. "Elas são muito modernas. As mulheres acreditam no divórcio. Elas vivem em cidades. Elas têm empregos. Mas são tratadas como criminosas", disse.

Pesquisas mostram que a aprovação de relacionamentos poliamorosos é baixa. Uma pesquisa do instituto Gallup realizada no mês passado descobriu que 59 por cento dos americanos considerava relações homossexuais moralmente aceitáveis, comparado com uma aprovação de apenas 14 por cento da poligamia.

Ao contrário da família Brown, que pertence a uma denominação mórmon fundamentalista, a base do relacionamento de Illig não é religiosa. Ela tem um marido que também tem uma namorada.

"Eu queria certamente buscar o casamento com múltiplos parceiros", disse. "Ele eliminaria um desafio comum que poliamorosos enfrentam quando duas [pessoas] estão legalmente casadas e outros em seus relacionamentos grupais não são parte daquele casamento".

As informações são do site U.S. News.

Petição online a favor da poligamia

O amigo Christiano José Jabur, de Assis (SP), criou uma petição a favor da descriminalização da poligamia no Brasil. A petição foi criada no Avaaz e é direcionada aos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves. Para votar na petição, basta clicar aqui e seguir as instruções. Ajude a divulgar a petição e envie o link para seus amigos e parentes que sejam a favor desse tema e peça para que eles enviem a petição adiante. Quanto mais assinaturas tivermos, melhor.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Dia dos Pais nos EUA: polígamos

Foto: Divulgação/National Geographic Channel
Famílias polígamas modernas estão criando uma mudança social na sociedade. Reality shows como Sister Wives e Polygamy, USA têm levado a um melhor entendimento desse estilo de vida. No mínimo, a revelação de sua dinâmica relacional sob escrutínio público lançou luz sobre os aspectos normalizados da unidade familiar. Durante este Dia dos Pais, eles experimentarão louvor e honra por sua dedicação às suas respectivas famílias. Os pais polígamos recebem mais ou menos louvores por suas contribuições? Em Polygamy, USA, Michael Cawley mantém a responsabilidade de três esposas e 18 filhos.

Numa entrevista com a correspondente da rede ABC Cecília Vega, Rose Marie Cawley, de 19 anos, explica sua jornada espiritual para encontrar o marido polígamo com quem ela está destinada a se casar. Vega pergunta a Michael Cawley se ele se importaria se sua filha se casasse com um homem de 70 anos.

Cawley respondeu: "Se é essa a resposta, que vem de nosso Pai Celestial, ótimo".

Essa afirmação pode provocar um grande choque do público, apesar dos aspectos normais de uma família polígama moderna. Muitos consideram um relacionamento entre uma mulher de 19 anos com um homem de 70 terrível, apesar das convicções religiosas.

No entanto, tem havido inúmeros relatos de mulheres mais jovens que se casam com homens bem mais velhos, sem quaisquer razões espirituais. Tipicamente, esses casos possuem um elemento financeiro no processo de decisão. Embora a sociedade possa ainda considerar esse tipo de relacionamento não-religioso inquietante, nós diferenciamos entre os dois cenários? Em outras palavras, importa se uma mulher escolhe um homem por razões religiosas ou por benefícios financeiros?

Michael Cawley decidiu expor sua vida como polígamo para o público a fim de descriminalizar a poligamia, que é ilegal nos 50 estados dos EUA. Ele menciona que a poligamia deveria ser considerada uma religião, não um crime.

Se um pai permite que sua filha se case com quem Deus escolhe para ela, a lei intervém e onde? Com 18 filhos em suas mãos, Michael ainda planeja ter mais, enquanto busca mais esposas. O homem deveria ter liberdade de ter quantas mulheres escolher juntamente com inúmeros filhos? Isso leva a uma discussão pública sobre controle populacional, mudanças econômicas numa dinâmica familiar, preocupações legais e impacto ambiental.

Vega pergunta à primeira esposa se ela tem escolha sobre quantas esposas podem se unir à família. Ela responde: "Na verdade não, porque do modo como eu entrei na família que eu acreditava que eu pertencia ao Michael, eu não posso dizer que ninguém mais pertence a ele. Isso é entre Michael e Deus".

A agência das mulheres num relacionamento polígamo é debatido regularmente entre estudiosos, comentaristas, feministas e críticos. Como Vega revela, embora as mulheres tenham o direito de escolher seu marido polígamo, isso é delegado por uma figura masculina, Deus, a quem elas se referem como "Ele" ou "Pai".

Dado a aceitação de Michael Cawley da hipotética escolha de sua filha (a escolha de Deus, de se casar com um homem de 70 anos de idade, o que isso implica em futuras situações comprometedoras? Por exemplo, e se esse homem mais velho abusasse dela com a desculpa de que era a vontade de Deus? Michael Cawling aceitaria tal afirmação? Isso ressalta a importância de como essa construção relacional em particular impacta a sociedade.

Embora seja impressionante que Cawley seja capaz de criar e prover para 18 filhos, não vamos nos esquecer que ele tem a assistência dedicada e a lealdade de três esposas. Kody Brown, pai e polígamo, no reality show Sister Wives é citado dizendo: "Amar múltiplas esposas é como amar múltiplos filhos". Essa observação sem escrúpulos provoca um obstáculo para a legalização ou a aceitação dessa dinâmica familiar dentro da sociedade. A sociedade já permite que relacionamentos opressivos operem legalmente dentro das construções heteronormativas da monogamia. Acolhemos bem a liberdade de uma família de escolher seu estilo de vida mesmo se ela negar os direitos individuais dentro da unidade? O Dia dos Pais é sobre agradecer, respeitar e honrar os homens que nos criaram. Nesse dia, torna-se, de alguma maneira, mais louvável ser um pai polígamo?

As informações são do blog de Andreea Nica, do Huffington Post.

sábado, 8 de junho de 2013

Ex-vereadora paulistana Soninha Francine (PPS) apoia descriminalização da poligamia

A ex-VJ da MTV Brasil e ex-vereadora de São Paulo pelo PT (atualmente no PPS) Sonia Francine Gaspar Marmo, mais conhecida como Soninha Francine, apoia a descriminalização da poligamia no Brasil, desde que regras sejam "aperfeiçoadas/criadas para garantir direitos de descendência, por exemplo" e independente de a poligamia ajudar ou não a diminuir o número de traições no país. Ela fez a afirmativa em seu perfil no site ask.com, onde respondeu uma pergunta de um usuário do site. Clique aqui para ver a resposta da ex-vereadora e candidata a prefeita de São Paulo. Se preferir, clique na imagem abaixo para ver a reprodução da resposta, caso ela seja apagada do perfil de Soninha pelos responsáveis pelo site.

Ex-membro de seita poligâmica diz que a descriminalização pode ajudar a acabar com abusos

Um crescente número de pessoas está deixando comunidades poligâmicas depois de lutar com éditos e abusos, disseram ontem grupos sem fins lucrativos que lidam com comunidades fundamentalistas em Utah.

Quando elas deixam as sociedades fechadas, elas frequentemente entram num mundo novo e estranho — com poucos recursos.

"Viver a poligamia é um estilo de vida desafiador. Abandonar a poligamia é desafiador", disse Shelli Mecham, coordenadora do Comitê Safety Net, uma coalizão de funcionários do governo, grupos se serviço social, ativistas, ex-membros e membros ativos de grupos fundamentalistas criado para fornecer recursos para vítimas de abuso dentro de comunidades poligâmicas.

O grupo, apoiado pelo Centro de Apoio à Família, realizou uma conferência sexta-feira para assistentes sociais, terapeutas e outros funcionários do governo , para que eles aprendam a lidar com pessoas que enfrentam abusos e outros problemas dentro de uma sociedade isolada. Ex-membros de alguns dos grupos poligâmicos compartilharam suas histórias sobre como suportaram anos de abuso e encontraram forças para sair.

Tonia Tewell, diretora do grupo sem fins lucrativos Holding Out Help, disse que viu um aumento estável de pessoas abandonando a Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (FLDS, na sigla em inglês), na divisa entre os estados do Arizona e de Utah. Ela disse que isso acontece por causa dos éditos cada vez mais bizarros sendo elaborados pelo líder da Igreja FLDS, Warren Jeffs, que está preso.

"Warren provavelmente está mais no comando hoje do que jamais esteve. He vai cair como um mártir", disse ela à emissora de TV FOX 13. "Ele não morreu oficialmente mas está definitivamente mais poderoso hoje do que nunca".

Jeffs está servindo prisão perpétua, mais de 20 anos de cadeia, numa prisão do Texas por agressão sexual a crianças. Tewell disse que o êxodo estável de pessoas que escolhem deixar ou são expulsos está sobrecarregando os recursos de seu grupo.

"Uma vez que você é expulso, você perde sua família, você perde seus amigos, você perde toda a sua estrutura de apoio, sua religião, você sai com as roupas nas costas e, se tiver sorte, seus filhos", disse. "É de partir o coração".

Num entrevista para a FOX 13 sexta-feira, a principal testemunha num processo criminal contra Jeffs sugeriu que a descriminalização da poligamia pode ajudar a quebrar o ciclo de abusos.

"Acho que possivelmente criaria algumas soluções interessantes para os problemas", disse Elissa Wall. "E permitiria para as pessoas que escolhem viver desse modo sair do armário e começar a ter um impacto geracional nas pessoas que são educadas".

Wall tinha 14 anos quando foi forçada a casar com seu primo numa cerimônia presidida por Jeffs. Ela testemunhou contra ele num caso que levou à sua condenação numa acusação de estupro como cúmplice. A condenação de Jeffs foi derrubada pela Suprema Corte de Utah.

"A poligamia é o grande véu que acoberta abuso infantil, falta de educação, abuso contra esposas, abuso físico, mental, todas essas coisas diferentes...", disse Wall ontem.

Nos anos desde que Jeffs foi condenado, Wall tem sido franca sobre os abusos dentro da poligamia, incluindo casamento com menores de idade. Ela disse que continua trabalhando com pessoas que vivem em casamentos plurais e com aquelas que escolheram deixar o estilo de vida. Wall disse que seu foco agora não é a poligamia em si, mas em parar com o abuso e impedir que crianças sejam prejudicadas.

Ela disse que a descriminalização da poligamia pode criar um ambiente de "consentimento informado", onde pessoas escolheriam se querem viver nesse estilo de vida, acabando com gerações de sigilo.

"Se [a poligamia] for descriminalizada e você der a homens e mulheres o direito de escolha, você criaria um ambiente muito mais saudável tanto para a própria comunidade quanto para as pessoas vivendo nela", disse Wall à FOX 13. "Porque as pessoas poderiam entrar e sair se escolherem. Mais do que qualquer coisa, minha crença pessoal é que criando essa fundação para um estilo de vida poligâmico saudável é o único modo que vamos impactar a juventude. É o único modo que vamos protegê-la".

Algumas das pessoas que ainda vivem — e acreditam — no princípio do casamento plural insistem que a descriminalização permitiria às pessoas relatarem abertamente potenciais abusos sem temer que a família inteira fosse processada.

"As pessoas estão com medo de virem à tona porque têm medo dos processos e isso, em alguns casos, impedem as pessoas de relatarem às autoridades sobre alguns potenciais abusos", disse uma mulher chamada Leslie, uma autodenominada mórmon fundamentalista.

Heidi Foster, membro da Sociedade Cooperativa do Condado de Davis, disse que os esforços de mobilização como o Comitê Safe Net só podem ajudar se as pessoas ainda temerem que a família inteira vai ser processada.

"Queremos contribuir com a sociedade. Queremos ser amigos de nossos vizinhos. Até que não sejamos considerados criminosos, não nos sentimos que realmente temos a oportunidade de servir nossa comunidade da maneira que queremos", disse.

O Gabinete do Procurador Geral de Utah tem uma política de longa data de não processar polígamos por causa de questões relacionadas à liberdade de religião. Mas os promotores têm acusado pessoas por bigamia em conjunto com outros crimes, como abuso e fraude.

O gabinete do procurador geral disse que a descriminalização é algo que os polígamos deveriam levar a seus legisladores. Alguns polígamos, recentemente, tem feito lobby na Assembléia Legislativa de Utah num esforço para levar os legisladores a considerarem a idéia.

Um processo judicial aberto pelo polígamo Kody Brown e suas esposas contestando a proibição do estado de Utah à poligamia está, atualmente, sendo questionado num tribunal federal. Kody e sua família são as estrelas do reality show Sister Wives, exibido, nos EUA e no Brasil, pelo canal por assinatura TLC.

Com informações do site da emissora de TV FOX 13.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Um homem e uma mulher não é única configuração de família na Bíblia, afirmam teólogos

Nos EUA, em plena discussão sobre o casamento gay, três pesquisadores de importantes universidades de Iowa publicaram há cinco dias um estudo sobre a questão do casamento na Bíblia. Hector Avalos, Robert R. Cargill e Kenneth Atkinson são professores universitários e afirmam que a Bíblia não coloca o casamento como algo entre um homem e uma mulher, ao contrário. Confira o texto na íntegra traduzido por nós:
O debate sobre igualdade no casamento frequentemente centra-se, por mais que discretamente, num apelo à Bíblia. Infelizmente, tais apelos frequentemente refletem uma falta de conhecimento bíblico por parte daqueles que usam essa coleção complexa de textos como uma autoridade para decretar política social moderna.

Como estudiosos acadêmicos da Bíblia, desejamos esclarecer que os textos bíblicos não apoiam a alegação frequente de que o casamento entre um homem e uma mulher é o único tipo de casamento considerado aceitável pelos autores da Bíblia.

O fato de que o casamento não é definido apenas como aquele entre um homem e uma mulher reflete-se no verbete sobre "casamento" no competente Eerdmans Dictionary of the Bible (2000): "Casamento é uma expressão de padrões familiares de parentesco nos quais tipicamente uma mulher e pelo menos uma mulher coabitam publica e permanentemente como uma unidade social básica" (pág. 861).

A frase "pelo menos uma mulher" reconhece que a poligamia não apenas era permitida, mas algumas figuras bíblicas polígamas (p.ex. Abraão, Jacó) foram altamente abençoados. Em 2 Samuel 12:8, o autor diz que foi Deus quem Deus múltiplas esposas a Davi: "dei-te a casa de teu senhor e as mulheres de teu senhor em teus braços; (...) e, se isto fora pouco, eu teria acrescentado tais e tais coisas" (Revised Standard Version).

De fato, havia uma variedade of uniões e configurações familiares que eram admissíveis nas culturas que produziram a Bíblia e estas variavam da monogamia (Tito 1:6) àquelas em que vítimas de estupro eram forçadas a se casar com seu estuprador (Deuteronômio 22:28-29) e àquelas ordens de casamento levirato que obrigavam um homem a se casar com a viúva de seu irmão independente do estado civil do irmão vivo (Deuteronômio 25:5-10; Gênesis 38; Rute 2:4). Outros insistem que o celibato era a opção preferida (2 Coríntios 7:8, 28).

Embora alguns possam ver a interpretação de Jesus para Gênesis 2:24 em Mateus 19:3-10 como um endosso da monogamia, Jesus e outros intérpretes judeus concederam que havia também entendimentos não-monogâmicos dessa passagem no judaísmo antigo, incluindo aqueles que permitiam divórcio e segundo casamento.

Na verdade, durante uma discussão do casamento em Mateus 19:12, Jesus até encoraja aqueles que podem se castrar "para o reino" e viver uma vida de celibato.

Esdras 10:2-11 proíbe o casamento inter-racial e ordena àquelas pessoas de Deus que já tinham esposas estrangeiras a se divorciarem delas imediatamente.

Então, enquanto não é correto afirmar que os textos bíblicos permitiriam casamentos entre pessoas do mesmo sexo, é igualmente incorreto declarar que um casamento entre "um homem e uma mulher" é o único tipo de casamento admissível considerado legítimo nos textos bíblicos.

Este não é apenas nossa opinião acadêmica moderna. Esta visão de definições múltiplas de casamento "bíblico" tem sido reconhecido por alguns dos mais proeminentes nomes na cristandade. Por exemplo, o célebre reformacionista Martinho Lutero escreveu uma carta em 1524 na qual ele comentou sobre a poligamia como segue: "Confesso que não posso proibir uma pessoa de se casar com várias esposas, pois isto não se opõe às Sagradas Escrituras".

Consequentemente, devemos nos guardar contra a tentativa de usar textos antigos para regular ética e morais modernas, especialmente aqueles textos antigos cujos endossos de outras instituições sociais, tais como escravidão, seriam universalmente condenados hoje, mesmo pelos mais partidários dos cristãos.
O texto original pode ser encontrado no site The Des Moines Register.

sábado, 1 de junho de 2013

A poligamia sobrevive em comunidades indígenas no sul do Chile

No sul do Chile, nas comunidades indígenas que habitam a região de Araucanía, algumas mulheres compartilham o mesmo marido, mantendo viva a prática da poligamia que os mapuches exerceram desde os tempos antigos e hoje é pouco conhecido no país, onde não tem respaldo legal.

"Normalmente, é uma prática que é aceita, mas, obviamente, você pode encontrar as mulheres que não querem", diz à agência de notícias EFE a antropóloga Natalia Caniguán Mapuche, que disse que às vezes segundas esposas são irmãs ou parentes da primeira.

"É parte de sua cultura. É tido como normal. Eles estão acostumado e é aceito. Eles vivem em comunidades e no seio das comunidades têm várias famílias", confirma uma assistente social do Fundo de Solidariedade e Investimento Social (Fosis).

Existem cerca de 3000 comunidades mapuches - a principal etnia indígena do país - na região da Araucanía, situada a cerca de 600 quilômetros ao sul de Santiago e onde, segundo números oficiais, cerca de 22,9% da população vive na pobreza ou na pobreza extrema.

Ali, na comuna de Ercilla, o Fosis - dependente do Ministério de Desenvolvimento Social - lançou um projeto dotado de cerca de 100.000 dólares para entregar aos vizinhos ferramentas, maquinários ou animais que lhes permitam aumentar sua renda.

Este programa beneficia a 90 usuários, dos quais 95% são mulheres mapuches, que têm, em média, 3,8 filhos.

Seus maridos, segundo dados desse projeto, possuem uma média de 2,3 esposas, com as quais compartilham vários filhos, embora as mulheres vivam em casas diferentes dentro da mesma comunidade.

Inseridas numa economia de subsistência, elas são as principais provedoras do lar: cuidam de sua prole, semeiam e colhem moagem, cortam e transportam a lenha, extraem a água de poços e nascentes e vendem seus produtos nos povoados mais próximos.

"As mulheres aceitam essa situação e os filhos muitas vezes são amigos", descreve a funcionária do Fosis, que prefere manter-se annônima.

Os homens, assegura, assumem uma carga menor de trabalho e, entre eles, o alcoolismo é um problema recorrente.

Embora, neste caso, pareça ser comum a poligamia, a antropóloga Natalia Caniguán crê que esta prática, pouco conhecida para o resto dos chilenos, já não é tão comum como era antes de 1880, quando o Estado chileno impôs sua lei nessa região.

"As regras matrimoniais mapuches estavam dominads pelas condições de guerra a que estava submetida sua sociedade", explica o renomado antropólogo chileno José Bengoa em seu livro "Historia del pueblo mapuche: Siglo XIX y XX".

Ele acrescenta que "o sistema de troca generalizada de mulheres tendia a assegurar duas questões fundamentais: um alto nível de reprodução da população e uma possibilidade de selar alianças militares. É por isso que os mapuches defendiam a poligamia como um elemento central da organização de sua sociedade".

Segundo Bengoa, um cacique com dez mulheres podia chegar a ter mais de 50 filhos e uma grande quantidade de possibilidades de alianças políticas. "Daí que o rejeição da religião católica sempre se produziu a partir da proibição que esta fazia da poligamia", raciocina.

"Quando a Igreja Católica chegou aos territórios indígenas ela reprimiu a poligamia e impôs um sistema monogâmico", recorda Natalia Caniguán, que aponta que esse costume era próprio de homens com poder econômico, que estava determinado pela posse de terras e animais.

A poligamia, "dada a realidade atual de poucas terras, das divisões territoriais e da migração, já não cumpre esse objetivo", reflete essa especialista.

Na verdade, essa região tem sido há anos cenário de um conflito entre grupos mapuches e empresas agrícolas e florestais, que exigem a devolução de terras que consideram ancestrais.

Assim, em termos econômicos, atualmente, esta prática pode significar inclusive mais gastos para o homem que tem várias esposas e, em termos jurídicos, pode levar a alguns problemas, já que a poligamia não tem cobertura legal no Chile.

Por isso, só uma das esposas pode estar casada legalmente com o homem e isso tem repercussões na partilha da herança, aponta Caniguán: "As terras ficam para os filhos da mulher com quem o homem está casado. As outras não podem receber nada".

Ainda assim, esta prática segue viva, alimentada pela força do costume.

As informações são da agência de notícias espanhola EFE, através do jornal equatoriano El Comercio.

sábado, 25 de maio de 2013

Poligamia é legalizada na Holanda

 
Na última sexta-feira, na Holanda, foi reconhecido oficialmente o primeiro caso de poligamia "legal" na Europa. Victor de Brujin, 46 anos, é casado com Bianca, 31 anos, e se casou com Mirjan, 35 anos, em uma cerimônia perante um notário público, que registrou sua união civil. A informação é do Brussels Journal.

"Eu amo tanto Bianca quanto Mirjam, então eu me casei com as duas", disse Victor. Ele já era casado com Bianca há dois anos e meio. Eles encontraram Mirjam Geven graças a uma página de bate-papo na internet. Dois meses depois, Mirjam deixou o marido para viver com Victor e Bianca. "Um casamento entre três pessoas não é possível na Holanda, mas uma união civil, sim. Fomos para o cartório, vestidos como noivos, e trocamos alianças. Nós pensamos que este é apenas um casamento normal".

Holanda e Bélgica foram os primeiros países a legalizar o casamento de pessoas do mesmo sexo, abrindo assim o caminho para casamentos diferentes do entre uma homem e uma mulher, na forma da lei.

Com informações do jornal italiano La Stampa.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Poligamia persiste no Vietnã apesar do meio século de proibição

Ter um filho varão e gozar de um suposto prestígio em uma sociedade machista como é o caso da vietnamita mantêm viva a poligamia neste país, apesar de a prática estar proibida há mais de meio século.

"Antes era habitual que muitos homens tivessem várias mulheres. Era lendário o número de concubinas de alguns imperadores. Mas, desde que foi proibida em 1959, a poligamia se transformou em um fenômeno muito menos frequente", explica Nguyen Hieu, professor de Psicologia em Ho Chi Minh (antiga Saigon).

A aldeia de Dak Ria, na província meridional de Binh Phuoc, é um dos lugares do Vietnã nos quais a poligamia sobrevive, ainda que com menos vigor que há alguns anos.

"Quando eu era criança, os homens mais ricos tinham até dez esposas", lembra Dieu Xay, de 57 anos e chefe da aldeia.

"Na época era um sinal de prestígio social e os demais homens atribuíam aos polígamos poderes mágicos para atrair as mulheres. Mas hoje têm, no máximo, duas esposas e são poucos", acrescenta.

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

As relações poliamorosas podem prosperar?

A psicoterapeuta alemã Heike Melzer considera o poliamor como "um jogo de equilíbrio que custa muita energia e que implica muito valor

Amar apenas uma pessoa: o poliamor não acredita nesse conceito. A filosofia do poliamor parte do suposto de que cada ser humano pode amar e desejar mais de uma pessoa. Aqui não se trata de acumular a maior quantidade possível de experiências eróticas, senão de viver autênticas relações de amor. Isso pode funcionar? Os casais poliamorosos são capazes de superar seus ciúmes?

A psicoterapeuta alemã Heike Melzer considera o poliamor como um "jogo de equilíbrio que custa muita energia e que implica muito valor". E o poliamoroso entra em um terreno novo, inseguro, muito longe do modelo de relação romântica monogâmico.

Christopher Gottwald, da Associação Rede de Poliamorosos, tem 42 anos e desde mais de 12 anos mantêm uma relação poliamorosa com Heike. Eles vivem juntos há nove anos e têm três filhos. Os dois tem mais parceiros. Claro que às vezes sentem ciúmes, mas não querem impor restrições a seu par, assegura Christopher.

Gabriele Aigner, terapeuta sexual e para casais, sempre escuta apenas histórias de pessoas poliamorosas cujas relações não funcionam bem. Aigner vê com ceticismo o poliamor. "Sempre haverá pessoas que querem experimentá-lo, mas a única coisa importante é que as pessoas envolvidas se sintam bem".

No entanto, muitos acham difícil aceitar que estejam sozinhos em casa enquanto a parceira se encontra com outro homem ou outra mulher. "Não se pode evitar que alguém de imaginar o que a parceira está fazendo com a amante ou o amante", disse Aigner. A longo prazo, isso não pode funcionar bem, opina a terapeuta. Segundo ela, na maioria dos casos, tudo chega a uma fase em que os casais estão experimentando com várias relações, mas ao final a maioria volta à monogamia.

Silvio Wirth, de 42 anos, decidiu fazer uma nova tentativa monogâmica. Este psicólogo e administrador de uma página sobre poliamor vive com sua noiva há dez anos e faz quase dois que voltou à monogamia. "Simplesmente queríamos voltar a nos centrar na relação principal. Tínhamos muito pouco tempo um ao outro". Quando Silvio tinha 23 anos, ele se apaixonou por duas mulheres e buscou uma solução para resolver a situação. O poliamor lhe pareceu uma possibilidade adequada. "É uma vida amorosa muito rica e multifacetada", disse. No entanto, ele considera que os casais devem formular regras para que possa funcionar.

A principal máxima consiste em começar unicamente uma relação com cada pessoa que pense exatamente da mesma forma. "Não se chega a nenhuma parte se apenas um crê na monogamia e em algum momento tenta afastar o amor de seu parceiro", argumenta Wirth.

O poliamor não é um conceito que implique em tirar proveito de uma pessoa, sublinha a psicoterapeuta Heike Melzer. O que os poliamorosos buscam, explica, não é apenas satisfazer seus impulsos sexuais, mas também lhes interessa muito o amor, o compromisso e a confiança. As mulheres, por exemplo, buscam homens que as vejam como pessoa e não apenas por seu corpo.

Mas como explicar um relacionamento com vários parceiros aos pais, amigos e colegas? "Se você encontrou algo que te preenche e te faz sentir feliz, deve aceitá-lo com satisfação", disse Heike Melzer.

As informações são do site Vanguardia.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Juristas analisam propostas para atualização do direito de família angolano

Juristas angolanos e estudantes de direito estão reunidos, em Luanda, hoje, para analisar a terceira e última parte do recolhimento de contribuições para a alteração do Código da Família, que posteriormente serão remetidas ao pessoal que está elaborando a reforma da justiça e o futuro Código da Família.

A informação foi prestada à imprensa pela presidente da Associação Angolana de Mulheres de Carreira Jurídica, Solange Machado, segundo a qual durante os dois dias anteriores debateram uma variedade de temas relativos aos crimes de família que estão consagrados no Código Penal, a constituição da família, união de fato e pactos de convivência, para regular a situação de futuros conflitos que podem existir na relação de união de facto.

Foi igualmente refletida a poligamia, seu enquadramento ou não na união de fato, a mutabilidade do regime de casamento. O nosso é imutável, acrescentou, tendo realçado sido debatidos também o estabelecimento filiação, adoção e mediação como forma de resolução de conflitos, com vista a ajudar a carga que o tribunal tem, bem como algumas inovações.

Para si, Angola tem um código bastante inovador, só que precisa ser atualizado e acompanhar a dinâmica, como qualquer outro livro, tendo em conta que existe desde 1988.

“Precisam ser introduzidas algumas situações que no antigo código não foram analisadas e melhorar outras”, frisou.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

"Religão não faz parte da nossa vida. Religião é a nossa vida"

Pela primeira vez, uma comunidade no Arizona (EUA) onde a poligamia abre suas portas ao National Geographic Channel. A nova série, "Polygamy, USA", estreia na terça-feira, dia 7 de maio.

De fora, Centennial Park, Arizona, parece ser como muitas outras cidadezinhas. Famílias lutam para manter a comida na mesa; filhos e filhas se rebelam contra as regras estritas de seus pais; mulheres lutam contra o ciúmes em seus relacionamentos; e idosos se preocupam com o fato de as novas gerações não respeitarem as tradições do passado. Mas o que torna essa cidade diferente daquilo é que ela é uma comunidade unida de mórmons fundamentalistas que participam abertamente da poligamia, um princípio sagrado de sua fé e uma expressão de sua luta por liberdade religiosa.

Polygamy, USA, que estreia nos EUA na terça-feira, dia 7, no National Geographic Channel, pela primeira vez entra nas vidas diárias de famílias nesta comunidade comprometida sinceramente à sua fé - mesmo que isso signifique violar a lei.

"Por mais de dez anos, o National Geographic Channel tem levado os leitores para dentro da vida de tipos "estranhos", pessoas cujo modo de vida desvia-se do que muitos consideram a norma", disse Alan Eyres, vice-presidente sênior de programação e desenvolvimento do National Geographic Channel. "Mas “But be they preppers or polygamists, they are people, with incredible stories that help us further open a window to the world.”

Esse é um estilo de vida com uma história que remonta a gerações, mas que eles devem proteger não apenas do escrutínio externo, mas também das atitudes em evolução de cada nova geração. Alguns mostram que estão comprometidos ao mudo de vida que lhes foi ensinado, enquanto outros reposicionam as normas com as quais eles cresceram. É um olhar fascinante em um modo de vida que pode ser difícil de entender, enquanto pode também ser surpreendentemente familiar.

Mas o casamento plural é apenas uma parte da história em Polygamy, USA. Desde o início, os espectadores recebem uma visão interna dos rituais desse grupo fundamentalista, incluindo orações matinais, reuniões, serviços dominicais, batismos e funerais.

Os idosos da comunidade empenham-se para assegurar que influências externas do mundo não distraiam a geração mais jovem de manter essas tradições, um desafio imenso dados os olhares curiosos e murmúrios muitas vezes suportados quando eles se aventuram fora da comunidade. Para membros novos e antigos, sacrifícios devem ser feitos e um meio termo deve ser encontrado para que a cidade sobreviva.

A série foca em três diferentes famílias polígamas e um dos jovens solteiros da comunidade:
  • Arthur Hamon é um dos fundadores de Centennial Park. Ele ajudou a construir a cidade 30 anos atrás depoi que ele e outros se separaram de uma comunidade próxima por causa de uma disputa religiosa.
    Arthur agora dirige o programa missionário de Centennial Park, um exército voluntário de homens solteiros e jovens que trabalham para a comunidade. Como líder desse grupo, Arthur procura guiar esses jovens centrá-los antes que se tornem líderes de suas próprias famílias plurais. "Se os garotos decidem, OK, eu não quero fazer parte disso, tudo bem", diz Arthur. "Eles são seus próprios árbitros. Não acreditamos na escravidão". Mas Arthur não consegue evitar ficar incomodado com um jovem que escolheu forjar seu próprio caminho: seu filho, Ezra.
  • Hyrum Burton é um dos missionários de Arthur. Embora para muitos o serviço dure apenas dois anos, Hyrum serviu por quase quatro. Enquanto ele está ansioso para terminar e seguir em frente com o casamento, ele também acredita que deve esperar até que esse tempo serja ordenado por Deus. "Se eu seguir essas regras, sabe, talvez eu possa chegar a um ponto no crescimento do meu caráter onde o Senhor vai me abençoar com uma mulher". Enquanto isso, ele organiza competições esportivas e participa dos eventos sociais da comunidade, esperando para ver se suas interações com jovens mulheres da comunidade vai levar uma delas a selecioná-lo como marido - aqui, sua fé os ensina que Deus diz às mulheres, não aos homens, com quem se casar.
  • Isaiah Thomson, um polígamo de sexta geração com duas jovens esposas e cinco jovens filhos. "Tão cedo quanto me lembro, eu queria viver na fé", diz. Suas esposas Marleen e Becca lidam com o ciúmes entre si, mas verdadeiramente acreditam que estão onde Deus quer que elas estejam. Com tantas bocas para alimentar, Isaiah é muitas vezes forçado a sair por semanas de cada vez para trabalhar, deixando as mulheres sozinhas em casa para cuidar da família. Mas apesar dessas lutas, eles planejam em ter mais filhos e estão ansiosos pela possibilidade de que uma terceira esposa entre para a família.
  • Michael Cawley, como muitos outros, trabalha duro no casamento - acontece que ele tem três esposas e 18 filhos. "As pessoas podem perguntar, é possível amar três esposas ao mesmo tempo?", diz. "Sim, eu consigo amar mais de uma mulher. Genuinamente, verdadeiramente amar". Atualmente ele está mais preocupado com sua filha mais velha, Rose Marie, que atingiu a idade na qual ela pode se casar, mas não recebeu o sinal de Deus. Com encorajamento de seu pai e das três mães, Rose Marie trabalha duro para se preparar para as responsabilidades do casamento, enquanto também ora pelo nome de seu futuro marido.
Para mais informações sobre a série, visite o site www.ngcpr.com ou siga a National Geographic em @NGC_PR.

Com informações da assessoria de imprensa do National Geographic Channel.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

União estável de um homem com duas mulheres é reconhecida pela Justiça do Amazonas

A decisão, incomum nas Varas de Família, também abre possibilidade para que outras famílias em situações semelhantes possam pedir esse direito na Justiça

A união estável simultânea de um homem com duas mulheres foi reconhecida pelo juiz de Direito da 4ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Manaus, Luís Cláudio Cabral Chaves, esta semana. O processo é de 2008, iniciado quase dois anos depois do envolvido nos relacionamentos ter falecido.

Trata-se de uma decisão incomum nas Varas de Família.As duas mulheres, após a morte do companheiro, ficaram impedidas de receber os direitos previdenciários e de resolver questões patrimoniais. A partir de agora, com a sentença transitada em julgado, as duas poderão requerer esse direito. A decisão também abre possibilidade para que outras famílias em situações semelhantes possam pedir esse direito na Justiça. Ainda cabe recurso da sentença.

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sexta-feira, 22 de março de 2013

Sister Wife (2009) - documentário em curta-metragem


A cineasta Jill Orschel oferece, nesse curta-metragem, um raro vislumbre na vida de uma esposa polígama. Sua entrevista com a mórmon fundamentalista DoriAnn, que compartilha um marido com sua irmã biológica mais nova, é um retrato incrivelmente revelador de seus sentimentos sobre seu estilo de vida, razões para abraçá-lo e os desafios que ela enfrenta. Essa visão franca da escolha pessoal e tradição, que combina confissões cândidas com imagens de uma meditação pessoal durante o banho, apessenta sua temática com uma intimidade impressionante e sem julgamento. Fãs da série Amor Imenso (Big Love), da HBO, ou mesmo aqueles com um fascínio temporário sobre a cultura polígama certamente vão aprender algo sobre essa escolha de vida bem real.

Infelizmente o vídeo está disponível apenas em inglês, sem legendas em português.

Diretora: Jill Orschel
Produtoras: Alexandra Fuller e Jill Orschel
Produção Executiva: Elie McLaren, George Klopfer, Cassandra e Phillip Watson
Fotografia: Shawn Emery and Jill Orschel
Montagem: Jill Orschel e Alexandra Fuller
Música de: Rich Wyman e Lisa Needham
Supervisão de Pós-Produção: Kim Holmes
Mixagem de som: Dave Evenoff
Correção de cores: Steve Homes/Main Frame Digital
Masterização digital: Adam Van Wagoner/Savage Pictures
Patrocínio fiscal: Utah Film Center
Página no IMDb: http://www.imdb.com/title/tt1352844/

quinta-feira, 21 de março de 2013

Família polígama faz lobby pela descriminalização da poligamia em Utah (EUA)


Joe Darger e sua esposa, Vicki, andaram pelo Capitólio cumprimentando legisladores como qualquer outro cidadão lobista.

O que eles estão pedindo que seus legisladores façam é um pouco diferente: descriminalizar a poligamia.

"O modo como estamos perseguindo um grupo religioso em particular de pessoas é errado", disse Joe Darger. "É morralmente errado, é eticamente errado, e precisamos olhar para isso. Não está funcionando há 150 anos e precisamos mudar isso".

Darger, um polígamo com três esposas — Vicki, Valerie e Alina —, espera conseguir que legisladores comecem a considerar a ideia da descriminalização. Ele e Vicki vieram para o Capitólio do Estado de Utah carregando cópias de um livro que eles escreveram sobre sua família, intitulado Love Times Three (Amor Vezes Três) e as entregaram a legisladores que pararam para conversar com eles.

"Nesse momento, é ilegal para mim dar a entender que sou casado", disse Darger á Fox 13, afiliada da rede de TV americana Fox News. "Simplesmente por alegar que ela é minha esposa, sou ocnsiderado um criminoso".

A ação de Darger ocorre enquanto um processo judicial está sendo julgado na Corte Distrital dos EUA em Salt Lake City, Utah, que poderia fazer o mesmo. O polígamo Kody Brown e suas quatro esposas, estrelas do reality show Sister Wives, do canal por assinatura TLC, estão questionando a proibição do Estado de Utah à poligamia. Um juiz federal pode se pronunciar sobre o assunto a qualquer momento.

"Não estamos buscando reconhecimento legal. Não estamos buscando licensas de casamentos múltiplos", disse Darger. "Esse tipo de preocupação não ocorre. Estamos apenas dizendo: vamos descriminalizar um grupo de pessoas que não são animais."

Vicki Darger disse que espera que os legisladores pelo menos considere a perspectiva de sua família.

"Não esperamos que as pessoas concordem moralmente conosco, mas esperamos que vejam nossa plataforma e com o que estamos comprometidos e nos ajudem a lutar por nossos direitos e levantem pelos direitos que deveríamos ter, como todo cidadão tem", disse.

Com o caso da família Brown pendente, ativistas antipoligamia também estão se manifestando. Mais cedo, naquele mesmo dia, a recém-formada "Sound Choices Coalition" estava distribuindo panfletos a legisladores exortando-os a defender as leis antibigamia de Utah.

Os Darger insistem que, se a poligamia fosse descriminalizada, as pessoas se sentiriam mais livres para relatar abusos que tem sido associados com seu estilo de vida.

"Há tanto segredo que se passa simplesmente porque é contra a lei", disse Vicki Darger.

Legisladores procurados pela Fox 13 sobre a ideia de se descriminalizar a poligamia rapidamente se recusaram a comentar o assunto. Numa recente entrevista com repórteres, a deputada Rebecca Lockhart (PR-Provo) disse que simplesmente não há apetite entre os legisladores para até mesmo considerar a ideia.

Darger, que é um delegado republicano em Herriman, disse que não iria desistir.

"Não estamos iludidos", disse. "Essa é uma longa batalha. Não é sobre se, mas quando. Mas parte disso também é um processo político e a legislatura pode mudar isso - e deveria mudar isso".

As informações são do site do canal Fox 13.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Mulher é casada com grupo de cinco irmãos

Foto: Reprodução
Quando casou oficialmente com Guddu, Rajo Verma, uma indiana de 21 anos, já esperava que os seus cunhados se tornassem, também, seus maridos. Rajo é casada no papel, mas vive com mais quatro maridos, todos irmãos de Guddu.

Os cinco vivem numa casa com um quarto e Rajo dorme com um marido diferente, todas as noites. Este facto faz com que a mulher não saiba quem é o pai do seu filho de 18 meses.

Guddu disse ao jornal «The Sun» que não tem problemas em dividir a mulher com os irmãos: «Todos temos sexo com ela mas eu não sou ciumento. Somos uma grande e feliz família».

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terça-feira, 19 de março de 2013

Relação paralela a casamento não dá direito de família

Por Regina Beatriz Tavares da Silva

As Jornadas de Direito Civil, promovidas pelo Centro de Estudos Jurídicos do Conselho da Justiça Federal, têm oferecido relevantes contribuições nas interpretações de nosso ordenamento jurídico, já que, por meio da presença de especialistas, são apresentadas propostas de enunciados, que, após debates nas comissões respectivas, são aprovadas ou rejeitadas, firmando o norte interpretativo das normas do Código Civil.

Na VI Jornada de Direito Civil, ocorrida entre os dias 11 e 12 de março deste ano, ficou evidenciada a rejeição quanto às ideias de institucionalização da poligamia.

Foram rejeitadas todas as propostas de atribuição de efeitos de direito de família às uniões paralelas ou simultâneas, ou seja, às uniões que uma pessoa casada ou que viva em união estável mantém concomitantemente com o seu amante ou a sua amante.

Argumentos supostamente baseados em amor, como se a família brasileira não estivesse sujeita a normas legais, como se o ordenamento jurídico não devesse colocar limites no comportamento humano, como se a autonomia fosse absoluta nas relações familiares, foram superados pelos fundamentos efetivamente jurídicos, com o indispensável bom senso, na VI Jornada de Direito Civil.

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sábado, 16 de março de 2013

Primeiro ministro holandês deve apresentar projeto de casamento grupal


Um ex-primeiro ministro holandês que esteve por trás da primeira legislação de casamento de pessoas do mesmo sexo no mundo, e levado à Nova Zelândia por apoiadores do projeto de lei de casamento de pessoas do mesmo sexo, admitiu que casamentos grupais de três ou mais pessoas é o próximo passo.

Numa entrevista em vídeo com uma revista online gay francesa, Boris Dittrich, um ex-primeiro ministro holandês e ativista gay que agora trabalha para a Human Rights Watch, disse que a redefinição de casamento levou a discussões sobre permitir casamentos grupais de três ou mais pessoas. "Mas isso é o começo de algo completamente novo." Ele reconheceu que esse próximo passo "vai levar muitos anos". A Holanda foi o primeiro país no mundo a permitir o casamento de pessoas do mesmo sexo em 2001.

Ele disse que, nos países onde foi criada, legisladores que defender o casamento gaycomeçaram o processo prometendo que "parcerias civis" era o máximo a que chegariam, e que o casamento permaneceria intocado – as mesmas promessas feitas na Nova Zelândia em 2004. "Pensamos que poderia ser psicologicamente melhor primeiro introduzir parcerias registrada", e que uma vez "que as pessoas se acostumassem com a idéia de dois homens ou duas mulheres indo à municipalidade, tivessem seu relacionamento reconhecido pela lei. E as pessoas chamaram isso de 'casamento gay'. (...) Então o próximo passo da igualdade do casamento, e realmente sendo igual, foi um passo lógico".

Ele admitiu a cunha mais eficaz para levar a idéia perante o público foi "concentrar-se nos princípios de igualdade e não-discriminação".

"Sea definição de casamento foi extendida para permitir casamento de pessoas do mesmo sexo, e apenas o casamento de pessoas do mesmo sexo, poderia então se argumentar que estamos discriminando contra aqueles que buscam casamentos grupais ou polígamos – se tudo o que importa é o amor e o compromisso. Por que a discriminação contra esses adultos amorosos seria ok? Eles podem estar ilegais agora, mas não faz muito tempo, casamentos de pessoas do mesmo sexo também era ilegal, e nos dizem que uniões civis eram suficientes e o casamento não seria tocado", diz Bob McCoskrie, Diretor Nacional da Family First NZ.

Ativistas do Partido Verde na Austrália acabaram de estabelecer o Lobby de Ação Poliamor, que está requerendo que o Parlamento permita o casamento polígamo. Dois estudos do governo lançados pelo Departamento de Justiça do Canadá em 2001 e 2006 recomentaram a descriminalização da poligamia, com um argumentando que a mudança era justificada pela necessidade de atrair mais imigrantes islâmicos especializados. O governo tem resistido ao chamamento até agora.

Em seu comunicado de 2006 "Além do Casamento de Pessoas do Mesmo Sexo, Uma Nova Visão Estratégica Para Todas as Nossas Famílias e Relacionamentos", mais de 300 estudiosos e defensores "LGBT e aliados" — incluindo professores proeminentes da Ivy League — pediram reconhecimento legal de relacionamentos sexuais envolvendo mais de dois parceiros.

"Neozelandeses precisam saber para onde o debate sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo está indo", diz o senhor McCoskrie.

As informações são do site Scoop News.

sexta-feira, 15 de março de 2013

A poligamia e suas vantagens

Leia aqui o artigo do Sheikh Abdelbagi Sidahmed Osman, sudanês naturalizado brasileiro, imam da comunidade Muçulmana do RJ de 1993 e atual presidente desde 2000, representante da Liga Islâmica Mundial e da Organização Islâmica para a América Latina no Brasil, sobre as vantagens da poligamia.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Onde ainda se pratica poligamia no mundo?

Por incrível que pareça, é perfeitamente legal ter várias esposas em mais de 50 países. Em outros 20, a poligamia não está nas leis, mas é culturalmente aceita. A maioria dessas nações está na África (veja mapa no boxe), região de forte concentração da religião muçulmana. É que o livro sagrado dessa fé, o Alcorão, permite ao homem ter até quatro cônjuges (nada de haréns com dezenas de gatas), limite que foi "copiado" por boa parte das legislações favoráveis à prática. Mas, no mundo todo, a poligamia está caindo em desuso, com a disseminação da noção de igualdade entre os sexos. "É o efeito da forte influência do cristianismo e da cultura moderna ocidental", explica Luiz Fernando Dias Dutra, professor de antropologia do Museu Nacional (UFRJ).

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quarta-feira, 13 de março de 2013

A Poligamia no Islamismo - Yasser Fazaga

O Sheikh Yasser Fazaga fala sobre a prática da poligamia no Islã e os aspectos da multiplicidade do casamento islâmico.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A monogamia está com os dias contados? Psicanalista fala ao vivo sobre o tema na TV UOL

Nesta quinta-feira (28), às 19h, Regina Navarro Lins vai responder ao vivo às perguntas dos internautas sobre o futuro das relações amorosas. Realizado pela TV UOL, esse é o primeiro de uma série de bate-papos da qual Regina participará mensalmente, sempre para discutir assuntos ligados a amor e sexo.

Para incrementar a conversa, Lins convida a todos para participar opinando sobre o assunto e enviando perguntas. Você pode acompanhar aqui o Bate-Papo UOL, mas, desde já, a discussão está aberta. Use o campo de comentários do Blog da Regina Navarro Lins para dizer: a monogamia está com os dias contados? Como será o amor no futuro na sua opinião?

Regina é psicanalista e escritora, autora de 11 livros sobre relacionamento amoroso e sexual, entre eles o best seller “A Cama na Varanda” e “O Livro do Amor”. Atende em consultório particular há 39 anos, realiza palestras por todo o Brasil e é consultora e participante do programa “Amor & Sexo”, da TV Globo. Nasceu e vive no Rio de Janeiro.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Antes braço direito de Warren Jeffs. agora William Jessop se opõe a ele

Centenas de polígamos o consideram seu profeta, vidente e revelador. Mas nas tardes de domingo, William E. Jessop bloqueia uma bola de vôlei sobre qualquer um deles.

Jessop e seus seguidores se encontram no ginásio do Colégio El Capitan depois da igreja. Enquanto as crianças jogam basquete, os adolescentes e adultos jogam vôlei. Jessop, de 43 anos, é um dos jogadores mais intensos, anunciando o placar antes de cada serviço, passando a bola para colegas de time mais altos e arremessando seu corpo de 1,82m no ar para bloquear a bola sobre qualquer homem, mulher ou criança que jogue contra ele.

Os jogos são remanescentes de tempos melhores nas cidades irmãs de Colorado City, Arizona, e Hildale, Utah, ainda chamada de "Short Creek" pelos residentes.  Antes da ascensão de Warren Jeffs ao poder na Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, crianças e adultos jogavam abertamente. Visitantes eram bem-vindos e a comunidade era, bem, uma comunidade.

Jessop está tentando restabelecer um pouco dessa comunhão.Autorizado por um comunicado que Jeffs fez na prisão, Jessop se separou de Jeffs. E centenas de outros refugiados do reino de Jeffs o estão seguindo.

O grupo, que ainda não tem um nome, ainda abraça a poligamia como um princípio. Membros se referem a Jessop como "Tio William" e seu retrato frequentemente está pendurado nas paredes de suas casas junto com o do fundador mórmon Joseph Smith e outros homens que eles têm considerado profetas por quase dois séculos.

A recreação pode ser a menor das mudanças que Jessop está fazendo. Ele disse que garotas menores de idade não serão forçadas a se casar nem terão casamentos arranjados para elas. Se adolescentes quiserem se casar, Jessop diz, ele vai encorajá-las a considerar as implicações.

"Não queremos fazer nada que infrinja a lei", disse.

Sobre o tema do casamento, ele acrescentou mais tarde: "Encorajaremos [as garotas] a esperarem e a aprender as qualidades da vida e aproveitar a vida e não entrar em algo de que elas podem se arrepender".

Jessop disse que as mulheres são livres para trabalhar fora. E ele quer que as crianças de Hildale e Colorado City tenham diplomas do colegial e da faculdade como já tiveram um dia. Jessop e sua primeira esposa, Joanna, com quem está casado há 22 anos, tem uma filha fazendo residência como médica assistente em Nevada.

Não se sabe quantas mudanças Jessop pode implementar. Pensa-se que os seguidores de Jeffs ainda existem aos milhares e eles controlam o governo municipal em Short Creek, assim como os conselhos e a polícia local. Jeffs deve agradecer a Jessop por manter alguma dessa influência.

Essa náo é a primeira vez que Jessop, cujo nome de batismo é William E. Timpson, tomou parte numa cisão e reforma. Nos anos 1980, seu pai, Alma A. Timpson, esteve entre os homens FSUD que se separaram da igreja numa disputa sobre quem controlava recursos, formando uma nova comunidade poligâmica chamada Centennial Park.

A cisão dividiu famílias. A mãe de Jessop, Kathy Jessop, decidiu não se unir a seu marido. Ela permaneceu com os FSUD e se casou com o reverenciado bispo local, Fred Jessop.

William também tomou o sobrenome de seu padrasto. Anos mais tarde, algumas pessoas o confundiria com Willie Jessop, o gregário proprietário da companhia de escavação que, por um tempo, serviu como porta-voz de Jeffs e da igreja. Willie Jessop também abandonou Jeffs e agora segue "Tio William".

Jessop deve um pouco de sua ascensão eclesiástica à família Jeffs. Pouco antes de ele morrer, o então profeta FSUD Rulon Jeffs transformou Jessop em apóstolo.

Com seu pai, Rulon, morto, Warren Jeffs assumiu a liderança FSUD e manteve Jessop como um de seus principais homens. Num padrão que continua até hoje, apesar de estar na prisão, Jeffs excomungaria homens e garotos adolescentes, dúzias por vez, depois de alegar receber uma revelação de que eles cometeram alguma transgressão.

Jessop passou anos como bispo de Short Creek e foi frequentemente seu trabalho dar a notícias às pessoas que Jeffs estava mandando embora. Durante um jantar semana passada num restaurante em St. George, Jessop descreveu como ele chamaria cada homem para uma reunião. Frequentemente, Jessop simplesmente diria a eles que o "Tio Warren" teve uma revelação — eles não tinham mais o sacerdócio e deveriam se arrepender. Isso significava que eles tinham que deixar Short Creek. Quaisquer esposas ou crianças que seguissem também seriam excomungadas. Aqueles que permanecessem seriam atribuídos a outros homens.

Jessop reconheceu ter tomado algumas dessas mulheres como suas próprias esposas. Registros apreendidos pelas autoridades do Texas na incursão do Rancho Ansiando por Sião em 2008 mostram que Jessop tinha 11 esposas em 2006. Jessop diz que ele tem muito menos esposas agora.

Expulsões como as que Jessop supervisionou eram devastadoras. Os excomungados não tinham mais um caminho para o Paraíso. Aqui na Terra, eles estavam separados fisica e espiritualmente dos amigos e da família.

Um dos homens que Jessop expulsou para Jeffs em 2007 ou 2008 foi William Edward Chatwin, que estava na época com quase 70 anos. A única esposa de Chatwin também foi tomada dele. Até hoje, Chatwin ainda não pode ver seus filhos, que se mantêm fiéis a Jeffs.

Um filho que não está seguindo Jeffs, Andrew Chatwin, disse que nem ele nem seu pai sequer receberam um pedido de desculpas de Jessop.

"Se ele quer construir sua credibilidade de novo, acho que [um pedido de desculpas] é parte do processo", disse Andrew Chjatwin.

O fim dos banimentos - Jessop disse que ele às vezes questionava o que estava fazendo, mas acreditava que Deus falava através de Jeffs e continuava aceitando as ordens de Jeffs. Então, em 24 de janeiro de 2007, Jeffs ligou para Jessop da Cadeia do Condado de Washington.

Jeffs estava aguardando julgamento por acusações de estupro como cúmplice. Jessop estava vivendo numa casa da igreja FSUD em Westcliffe, Colorado. De acordo com uma transcrição da ligação que se tornou pública mais tarde, Jeffs se autodenominou "um dos homens mais perversos na face da Terra". Ele disse que Jessop era o "detentor da chave" e fez referência à Seção 43 de Doutrina e Convênios, que diz que apenas o profeta pode fazer revelações pela igreja.

Jeffs, ao que parece, tinha abdicado de seu papel como profeta e líder FSUD em favor de Jessop.

Uma reunião de homens FSUD do alto escalão foi realizada rapidamente em Amarillo, Texas. Os homens falaram sobre o que Jeffs tinha feito e o que fazer em seguida, mas nenhuma decisão foi tomada.

"Estávamos apenas meio que sentados lá em um limbo por cerca de dois meses", lembra Jessop.

Então, um dos irmãos de Jeffs, Nephi Jeffs, ligou para Jessop.

"Ele está de volta", disse Nephi Jeffs, se referindo ao irmão.

Tão rapidamente como ele entregou, Jeffs reassumiu o controle da igreja FSUD. Então, em 25 de outubro de 2007, outra ligação foi recebida.

Era Merril Jessop, outro membro SUD do alto escalão. Merril deu a entender estar lendo uma revelação de Jeffs. Ela dizia que William Jessop não detinha mais o sacerdócio e deveria ir para Winsconsin e se arrepender. A revelação não especificava o que Jessop tinha feito. Ele assume que foi banido para Winsconsin porque era longe de qualquer FSUD.

Jessop foi para a cidade de La Crosse, Wisconsin, no Rio Mississipie trabalhou pintando casas e tirando leite de vacas. Ele disse que quatro de suas "damas" (terminologia polígama para esposas espirituais) estavam vivendo com ele. Ele passou 13 meses lá antes de receber outro telefonema de Merril.

Jessop podia retornar a Hildale. Nenhuma explicação foi dada. Mas Merril disse que Jessop deveria começar a tentar reunir famílias.

Jessop encontrou uma lista de homens que tinham sido expulsos e começou a telefonar e dizer para eles voltarem.

"Confesse tudo perante ele" - Jessop continuou trabalhando e vivendo com os FSUD, mas sua fé em Jeffs começou a oscilar. Jeffs continuava mandando para seus seguidores longas divagações escritas advertindo do mal. O irmão de Jeffs, Lyle, deveria estar cuidando das mulheres cujos maridos tinham sido expulsos. Mas contas não estavam sendo pagas e algumas mulheres e seus filhos relataram que seus utilitários estavam sendo cortados. O armazém do bispo, onde os membros FSUD deveriam encontrar comida e suprimentos, tinha prateleiras vazias.

Então, no começo de 2011, Willie Jessop contou a Jessop sobre as evidências contra Jeffs, incluindo como Jeffs abusou sexualmente de uma criança de 12 anos. Jessop decidiu que o reinado de Jeffs não fazia sentido.

"A voz que eu estava ouvindo não era a voz de Deus", explicou Jessop.

Jessop apresentou documentos para o estado de Utah em março de 2011, afirmando que ele era o presidente da corporação FSUD. Jeffs contra-atacou com seu próprio processo, alegando que mantinha o apoio de cerca de 4000 seguidores. Jessop abandonou sua busca pela presidência da FSUD. Até hoje, Jeffs é chamado de presidente da igreja FSUD em documentos apresentados ao estado.

Numa carta endereçada a Lyle Jeffs e a "todos os FSUD", datada de 10 de agosto de 2011, enquanto Jeffs estava em julgamento no Texas, Jessop encorajou todos a se afastarem da liderança FSUD. Ele acusou os Jeffses de acobertar sua própria imoralidade e de conzudir homens a comportamento criminoso que os mandava para a prisão e levou à incursão no Rancho Ansiando por Sião.

"Essa é nossa oportunidade de confessar", escreveu Jessop, "pois o Senhor disse que não será ridicularizado, ou vocês vão cair com os ímpios e serão condenados. Eu os amo e peço ao Senhor para ajudá-los a confessar perante Ele e ser contados entre Seu povo que são os honestos e puros de coração".

Desde então, os seguidores de Jessop tem crescido lentamente. Ao contrário dos seguidores de Jeffs, os seguidores de Jessop são livres para usarem a internet, comer o que quiserem e se associar com quem lhes apetece. Jessop passa a maior parte de seu tempo em Short Creek liderando reuniões dominicais, realizando casamentos e outras obrigações requeridas por sua posição na igreja. Ele também passa tempo em Sandy Valley, Nevada, a sudeste de Las Vegas, onde sua família administra uma fazenda de feno e laticínios.

Durante um intervalo entre jogos de vôlei, Jessop discutiu as pessoas que fundaram Short Creek, descrevendo-as como boas e "virtuosas". Aqueles que permanecem em Short Creek, disse, tem uma responsabilidade de continuar esse legado.

Jessop disse que não tem mais uso para Jeffs mas sugeriu que está aberto aos seguidores de Jeffs que se unirem a ele.

"Se eles perceberem o que ele é", disse, " e perceber que eles têm responsabilidades e quiserem vir a nós, ótimo".

William E. Jessop
Idade • 43
Família • Sua esposa legal é Joanna Jessop, 53, com quem tem 11 filhos.
Residência • Vive em Hildale, mas sua família tem um rancho em Sandy Valley, Nevada.
Emprego • Jessop trabalhou em construção, pintando casas e em fazendas, embora tenha passado grande parte de sua vida trabalhando em várias posições na Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Congregação rompe com o "profeta" Warren Jeffs

Depois de deixarem ou serem expulsos pelo líder da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Warren Jeffs, ex-seguidores liderados por William E. Jessop se reúnem silenciosamente para cantar e orar aos domingos. A congregação, adepta da poligamia, localizada na divisa entre os estados americanos de Utah e Arizona vive segundo novas regras sob o menos rigoroso Jessop. Muitos estão nervosos e temem retaliação, mas estão felizes por estarem tendo um novo começo.

Sam Allred rege uma congregação de membros da Igreja Fundamentalista
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias durante uma reunião
dominical da igreja em Hildale. Da esquerda para a direita estão William
E. Jessop, Garth Warner, Allred, Dan Timpson e Royce Jessop.
(Foto: Trent Nelson - 17.fev.2013/The Salt Lake Tribune)
A Escola Dominical Holm se localiza sob uma ribanceira vermelha na periferia de Hildale. Como muitos prédios na área – conhecida localmente como Short Creek – está cercado por uma cerca de madeira alta. A uma quadra dali, a Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias opera sua clínica secreta. Câmeras de segurança filmam a área de prédios próximos.

Pouco antes das 11h00 no dia 17 de fevereiro, membros da congregação de William E. Jessop começam a parar no estacionamento da escola Holm. Enquanto as primeiras vans param, o ar está tão parado que o som de o som de um copo de plástico rolando pelo asfalto ecoa contra os penhascos próximos. Um galo canta num quintal distante. Redemoinhos de poeira vermelha se formam nas ruas parcialmente pavimentadas.

Rapidamente, homens em ternos cinza carvão e mulheres com cabelos bem penteados para o ginásio, frio como uma caverna, da escola. Eles se sentam em um conjunto de cadeiras incompatíveis com enchimento de espuma estourando através do estofamento puído. Em uma parede, fotos de antigos líderes da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias sorriem beatificamente para o grupo. Vários aquecedores de propano sibilam no silêncio.

Jessop inicia a reunião às 11h05 da manhã. Ele se levanta de sua cadeira no palco do ginásio e vai até um pódio, agarrando vários papéis em ambas as mãos.

"Nós nos sentimos muito abençoados pelo Pai Celestial por nos encontrarmos de novo", diz Jessop.

"Não estamos sozinhos" – Jessop e sua congregação são todos ex-membros da polígama Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Em algum ponto de suas vidas, eles seguiram Warren Jeffs, acreditando que ele fosse um profeta. Eventualmente, todos o abandonaram, frequentemente depois de serem colocados para fora durante um das recentes expulsões da igreja.

Jessop organizou o grupo em abril ou maio de 2011. Quando a congregação começou a se reunir, membros se juntaram no Edifício R&W, uma empresa de escavação de propriedade do ex-porta-voz de Jeffs, Willie Jessop. No outono daquele ano, o grupo se mudou para a escola Holm, um prédio de propriedade do United Effort Plan, agora controlado pelo Estado.

O grupo não tem nome. A primeira esposa de William E. Jessop, Joanna, disse que algumas pessoas na cidade se referem a esses seguidores como "WEJes", sigla pronunciada de modo similar à palavra inglesa "wedges" (cunhas). É uma brincadeira com as iniciais de seu líder. Joanna disse que ela e o rebanho de seu marido não gostam do termo. Quando perguntada sobre o papel dele, Jessop faz uma pausa antes de finalmente se descrever como "bispo em exercício". A congregação o chama de "Tio William" e ele explica que os serviços dominicais começam como um esforço de seguir os ensinamentos de Jesus de se "reunir com frequência".

É para percebermos que não estamos sozinhos em nossos esforços", disse Jessop.

Uma nova canção – Depois das boas-vindas de Jessop, os quase 100 membros da congregação cantam "Let Each Man Learn to Know Himself" — um hino deixado de fora dos últimos hinários SUD mas ainda incluído nos hinários marrons já feitos usados pelo grupo. Muitos dos livros encadernações quebradas e os nomes de ex-membros — incluindo o ex-presidente FSUD Rulon Jeffs — rabiscados dentro. Alguns dos hinários têm etiquetas dizendo que são de uma estaca SUD em Hyrum, 627,64 km ao norte, em Cache County.

No canto, uma mulher com cabelo escuro toca um acompanhamento lento enquanto a congregação canta. Sam Allred, cujo pai liderou um coral SUD há muito tempo, conduz com uma batuta branca. Quando o hino termina, um jovem num terno escuro oferece uma oração, sua cabeça baixa e sua mão direita levantada.

Hino e oração terminadas, Jessop começa a ensinar uma nova música à congregação: "Ere You Left Your Room This Morning", que agora é chamada "Did You Think to Pray?" nos hinários SUD. Jessop lê um verso, e então lidera a congregação enquanto cantam juntos.

"É um esforço para restaurar nossa Escola Dominical", ele explica mais tarde sobre o exercício.

Expulsões e paranoia – Muitas das famílias na congregação de Jessop são pequenas para uma comunidade polígama. Poucos homens aparecem com múltiplas esposas e ninguém tem mais do que um punhado de filhos. Vários adultos até mesmo sentam-se sozinhos.

A frequência na reunião é um testamento dos conflitos que têm rasgado Short Creek em anos recentes. Depois que Warren Jeffs tomou controle da Igreja FSUD em 2002, ele desencadeou expulsões em massa. Muitos homens foram expulsos e suas esposas e filhos foram mandadas para novas famílias. Maridos, esposas e filhos foram separados. Hoje, mesmo em uma prisão no Texas, Jeffs supostamente continua a controlar a igreja e expulsar membros por qualquer razão, incluindo frequentar as reuniões dominicais de Jessop.

Muitos membros da congregação de Jessop, embora não todos, são consequentemente reservados. Eles evitam atenção da mídia e o comparecimento nesse dia pode ter sido menor devido à presença dos repórteres do Salt Lake Tribune. Vários membros do grupo apontaram para câmeras de segurança brancas em edifícios próximos, dizendo que elas existem para registrar pessoas que frequentam a congregação de Jessop ou se envolvem em atividades barradas pelas autodeclaradas revelações de Jeffs.

O medo entre alguns na reunião de Jessop é que, se forem descobertos adorando com o grupo, eles poderiam se expor à ira da liderança FSUD, significando que eels poderiam perder contato com suas famílias, entre outras punições.

Gratos por um profeta – A reunião dominical não oferece comunhão ou sacramento — ele disse que as famílias tipicamente o fazem em casa —, então quando eles acabam de cantar, ele começa a ler da primeira seção ou capítulo de Doutrina e Convênios, um livro de escrituras usado tanto pela Igreja SUD quanto pela FSUD.

Jessop lê as escrituras numa voz suave. Às vezes, o sistema de som quase falha em levar suas palavras ao fundo da sala meio vazia. Enquanto ele lê, dois adolescentes vestindo botas e jeans estalam elásticos um no outro e sussurram confidencialmente. O leve tilintar de um lápis de cor de uma criança batendo no chão ecoa por toda a sala. Muitos adultos seguem em seus smartphones as leituras de Jessop.

Jessop chama três discursantes durante a reunião. A primeira, Janice Knudson, é uma mulher idosa que começa expressando gratidão gratidão pela amizade da congregação.

"Sei que nossos antepassados pagaram um preço por nós", acrescentou.

A história que Knudson lê descreve um homem que viveu durante a Grande Depressão. Seus familiares não tinham dinheiro para comprar comiga, mas miraculosamente estranhos traziam farinha para eles.

Quando Knudson termina, Jessop chama dois homens para falar. O primeiro, Harold Hom, expressa gratidão "pelo profeta Joseph Smith" e pelos outros membros da congregação.

"Eu apenas espero e oro para que o Pai Celestial esteja satisfeito com meus esforços", acrescenta Holm. "Devo defender a verdade e a honra".

O próximo é Garth Warner, que sentou no palco a vários lugares de distância de Jessop. Ele cita uma passagem do Livro de Mórmon antes de devolver o microfone a Jessop.

Jessop também lê do Livro de Mórmon e anuncia o hino final, "We Thank Thee, O God, for a Prophet".

A canção expressa gratidão a Deus por fornecer alguém para "nos guiar nesses últimos dias" e oferece a promessa de que, "quando as nuvens negras da dificuldade pairar sobre nós", a libertação "está próxima".

Em anos passados, a canção deve ter sido escolhida para refletir a fé em Jeffs. Hoje, no entanto, Jessop diz que a escolheu para celebrar o fundador da Igreja SUD Joseph Smith, o "profeta desta dispensação".

A congregação de Jessop a canta devagar, um piano rítmico acompanha ecoando do canto da sala. Os adultos seguem com hinários desgastados de uma geração anterior. Duas adolescentes usando saias longas correm seus dedos pelas tranças bem puxadas e intrincadas.

Quando a canção termina, a congregação se alinha para cumprimentar Jessop e os outros homens sentados à frente. Então eles se amontoam em suas grandes vãs e vão embora.

As informações são do jornal Salt Lake Tribune.