sábado, 25 de maio de 2013

Poligamia é legalizada na Holanda

 
Na última sexta-feira, na Holanda, foi reconhecido oficialmente o primeiro caso de poligamia "legal" na Europa. Victor de Brujin, 46 anos, é casado com Bianca, 31 anos, e se casou com Mirjan, 35 anos, em uma cerimônia perante um notário público, que registrou sua união civil. A informação é do Brussels Journal.

"Eu amo tanto Bianca quanto Mirjam, então eu me casei com as duas", disse Victor. Ele já era casado com Bianca há dois anos e meio. Eles encontraram Mirjam Geven graças a uma página de bate-papo na internet. Dois meses depois, Mirjam deixou o marido para viver com Victor e Bianca. "Um casamento entre três pessoas não é possível na Holanda, mas uma união civil, sim. Fomos para o cartório, vestidos como noivos, e trocamos alianças. Nós pensamos que este é apenas um casamento normal".

Holanda e Bélgica foram os primeiros países a legalizar o casamento de pessoas do mesmo sexo, abrindo assim o caminho para casamentos diferentes do entre uma homem e uma mulher, na forma da lei.

Com informações do jornal italiano La Stampa.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Poligamia persiste no Vietnã apesar do meio século de proibição

Ter um filho varão e gozar de um suposto prestígio em uma sociedade machista como é o caso da vietnamita mantêm viva a poligamia neste país, apesar de a prática estar proibida há mais de meio século.

"Antes era habitual que muitos homens tivessem várias mulheres. Era lendário o número de concubinas de alguns imperadores. Mas, desde que foi proibida em 1959, a poligamia se transformou em um fenômeno muito menos frequente", explica Nguyen Hieu, professor de Psicologia em Ho Chi Minh (antiga Saigon).

A aldeia de Dak Ria, na província meridional de Binh Phuoc, é um dos lugares do Vietnã nos quais a poligamia sobrevive, ainda que com menos vigor que há alguns anos.

"Quando eu era criança, os homens mais ricos tinham até dez esposas", lembra Dieu Xay, de 57 anos e chefe da aldeia.

"Na época era um sinal de prestígio social e os demais homens atribuíam aos polígamos poderes mágicos para atrair as mulheres. Mas hoje têm, no máximo, duas esposas e são poucos", acrescenta.

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

As relações poliamorosas podem prosperar?

A psicoterapeuta alemã Heike Melzer considera o poliamor como "um jogo de equilíbrio que custa muita energia e que implica muito valor

Amar apenas uma pessoa: o poliamor não acredita nesse conceito. A filosofia do poliamor parte do suposto de que cada ser humano pode amar e desejar mais de uma pessoa. Aqui não se trata de acumular a maior quantidade possível de experiências eróticas, senão de viver autênticas relações de amor. Isso pode funcionar? Os casais poliamorosos são capazes de superar seus ciúmes?

A psicoterapeuta alemã Heike Melzer considera o poliamor como um "jogo de equilíbrio que custa muita energia e que implica muito valor". E o poliamoroso entra em um terreno novo, inseguro, muito longe do modelo de relação romântica monogâmico.

Christopher Gottwald, da Associação Rede de Poliamorosos, tem 42 anos e desde mais de 12 anos mantêm uma relação poliamorosa com Heike. Eles vivem juntos há nove anos e têm três filhos. Os dois tem mais parceiros. Claro que às vezes sentem ciúmes, mas não querem impor restrições a seu par, assegura Christopher.

Gabriele Aigner, terapeuta sexual e para casais, sempre escuta apenas histórias de pessoas poliamorosas cujas relações não funcionam bem. Aigner vê com ceticismo o poliamor. "Sempre haverá pessoas que querem experimentá-lo, mas a única coisa importante é que as pessoas envolvidas se sintam bem".

No entanto, muitos acham difícil aceitar que estejam sozinhos em casa enquanto a parceira se encontra com outro homem ou outra mulher. "Não se pode evitar que alguém de imaginar o que a parceira está fazendo com a amante ou o amante", disse Aigner. A longo prazo, isso não pode funcionar bem, opina a terapeuta. Segundo ela, na maioria dos casos, tudo chega a uma fase em que os casais estão experimentando com várias relações, mas ao final a maioria volta à monogamia.

Silvio Wirth, de 42 anos, decidiu fazer uma nova tentativa monogâmica. Este psicólogo e administrador de uma página sobre poliamor vive com sua noiva há dez anos e faz quase dois que voltou à monogamia. "Simplesmente queríamos voltar a nos centrar na relação principal. Tínhamos muito pouco tempo um ao outro". Quando Silvio tinha 23 anos, ele se apaixonou por duas mulheres e buscou uma solução para resolver a situação. O poliamor lhe pareceu uma possibilidade adequada. "É uma vida amorosa muito rica e multifacetada", disse. No entanto, ele considera que os casais devem formular regras para que possa funcionar.

A principal máxima consiste em começar unicamente uma relação com cada pessoa que pense exatamente da mesma forma. "Não se chega a nenhuma parte se apenas um crê na monogamia e em algum momento tenta afastar o amor de seu parceiro", argumenta Wirth.

O poliamor não é um conceito que implique em tirar proveito de uma pessoa, sublinha a psicoterapeuta Heike Melzer. O que os poliamorosos buscam, explica, não é apenas satisfazer seus impulsos sexuais, mas também lhes interessa muito o amor, o compromisso e a confiança. As mulheres, por exemplo, buscam homens que as vejam como pessoa e não apenas por seu corpo.

Mas como explicar um relacionamento com vários parceiros aos pais, amigos e colegas? "Se você encontrou algo que te preenche e te faz sentir feliz, deve aceitá-lo com satisfação", disse Heike Melzer.

As informações são do site Vanguardia.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Juristas analisam propostas para atualização do direito de família angolano

Juristas angolanos e estudantes de direito estão reunidos, em Luanda, hoje, para analisar a terceira e última parte do recolhimento de contribuições para a alteração do Código da Família, que posteriormente serão remetidas ao pessoal que está elaborando a reforma da justiça e o futuro Código da Família.

A informação foi prestada à imprensa pela presidente da Associação Angolana de Mulheres de Carreira Jurídica, Solange Machado, segundo a qual durante os dois dias anteriores debateram uma variedade de temas relativos aos crimes de família que estão consagrados no Código Penal, a constituição da família, união de fato e pactos de convivência, para regular a situação de futuros conflitos que podem existir na relação de união de facto.

Foi igualmente refletida a poligamia, seu enquadramento ou não na união de fato, a mutabilidade do regime de casamento. O nosso é imutável, acrescentou, tendo realçado sido debatidos também o estabelecimento filiação, adoção e mediação como forma de resolução de conflitos, com vista a ajudar a carga que o tribunal tem, bem como algumas inovações.

Para si, Angola tem um código bastante inovador, só que precisa ser atualizado e acompanhar a dinâmica, como qualquer outro livro, tendo em conta que existe desde 1988.

“Precisam ser introduzidas algumas situações que no antigo código não foram analisadas e melhorar outras”, frisou.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

"Religão não faz parte da nossa vida. Religião é a nossa vida"

Pela primeira vez, uma comunidade no Arizona (EUA) onde a poligamia abre suas portas ao National Geographic Channel. A nova série, "Polygamy, USA", estreia na terça-feira, dia 7 de maio.

De fora, Centennial Park, Arizona, parece ser como muitas outras cidadezinhas. Famílias lutam para manter a comida na mesa; filhos e filhas se rebelam contra as regras estritas de seus pais; mulheres lutam contra o ciúmes em seus relacionamentos; e idosos se preocupam com o fato de as novas gerações não respeitarem as tradições do passado. Mas o que torna essa cidade diferente daquilo é que ela é uma comunidade unida de mórmons fundamentalistas que participam abertamente da poligamia, um princípio sagrado de sua fé e uma expressão de sua luta por liberdade religiosa.

Polygamy, USA, que estreia nos EUA na terça-feira, dia 7, no National Geographic Channel, pela primeira vez entra nas vidas diárias de famílias nesta comunidade comprometida sinceramente à sua fé - mesmo que isso signifique violar a lei.

"Por mais de dez anos, o National Geographic Channel tem levado os leitores para dentro da vida de tipos "estranhos", pessoas cujo modo de vida desvia-se do que muitos consideram a norma", disse Alan Eyres, vice-presidente sênior de programação e desenvolvimento do National Geographic Channel. "Mas “But be they preppers or polygamists, they are people, with incredible stories that help us further open a window to the world.”

Esse é um estilo de vida com uma história que remonta a gerações, mas que eles devem proteger não apenas do escrutínio externo, mas também das atitudes em evolução de cada nova geração. Alguns mostram que estão comprometidos ao mudo de vida que lhes foi ensinado, enquanto outros reposicionam as normas com as quais eles cresceram. É um olhar fascinante em um modo de vida que pode ser difícil de entender, enquanto pode também ser surpreendentemente familiar.

Mas o casamento plural é apenas uma parte da história em Polygamy, USA. Desde o início, os espectadores recebem uma visão interna dos rituais desse grupo fundamentalista, incluindo orações matinais, reuniões, serviços dominicais, batismos e funerais.

Os idosos da comunidade empenham-se para assegurar que influências externas do mundo não distraiam a geração mais jovem de manter essas tradições, um desafio imenso dados os olhares curiosos e murmúrios muitas vezes suportados quando eles se aventuram fora da comunidade. Para membros novos e antigos, sacrifícios devem ser feitos e um meio termo deve ser encontrado para que a cidade sobreviva.

A série foca em três diferentes famílias polígamas e um dos jovens solteiros da comunidade:
  • Arthur Hamon é um dos fundadores de Centennial Park. Ele ajudou a construir a cidade 30 anos atrás depoi que ele e outros se separaram de uma comunidade próxima por causa de uma disputa religiosa.
    Arthur agora dirige o programa missionário de Centennial Park, um exército voluntário de homens solteiros e jovens que trabalham para a comunidade. Como líder desse grupo, Arthur procura guiar esses jovens centrá-los antes que se tornem líderes de suas próprias famílias plurais. "Se os garotos decidem, OK, eu não quero fazer parte disso, tudo bem", diz Arthur. "Eles são seus próprios árbitros. Não acreditamos na escravidão". Mas Arthur não consegue evitar ficar incomodado com um jovem que escolheu forjar seu próprio caminho: seu filho, Ezra.
  • Hyrum Burton é um dos missionários de Arthur. Embora para muitos o serviço dure apenas dois anos, Hyrum serviu por quase quatro. Enquanto ele está ansioso para terminar e seguir em frente com o casamento, ele também acredita que deve esperar até que esse tempo serja ordenado por Deus. "Se eu seguir essas regras, sabe, talvez eu possa chegar a um ponto no crescimento do meu caráter onde o Senhor vai me abençoar com uma mulher". Enquanto isso, ele organiza competições esportivas e participa dos eventos sociais da comunidade, esperando para ver se suas interações com jovens mulheres da comunidade vai levar uma delas a selecioná-lo como marido - aqui, sua fé os ensina que Deus diz às mulheres, não aos homens, com quem se casar.
  • Isaiah Thomson, um polígamo de sexta geração com duas jovens esposas e cinco jovens filhos. "Tão cedo quanto me lembro, eu queria viver na fé", diz. Suas esposas Marleen e Becca lidam com o ciúmes entre si, mas verdadeiramente acreditam que estão onde Deus quer que elas estejam. Com tantas bocas para alimentar, Isaiah é muitas vezes forçado a sair por semanas de cada vez para trabalhar, deixando as mulheres sozinhas em casa para cuidar da família. Mas apesar dessas lutas, eles planejam em ter mais filhos e estão ansiosos pela possibilidade de que uma terceira esposa entre para a família.
  • Michael Cawley, como muitos outros, trabalha duro no casamento - acontece que ele tem três esposas e 18 filhos. "As pessoas podem perguntar, é possível amar três esposas ao mesmo tempo?", diz. "Sim, eu consigo amar mais de uma mulher. Genuinamente, verdadeiramente amar". Atualmente ele está mais preocupado com sua filha mais velha, Rose Marie, que atingiu a idade na qual ela pode se casar, mas não recebeu o sinal de Deus. Com encorajamento de seu pai e das três mães, Rose Marie trabalha duro para se preparar para as responsabilidades do casamento, enquanto também ora pelo nome de seu futuro marido.
Para mais informações sobre a série, visite o site www.ngcpr.com ou siga a National Geographic em @NGC_PR.

Com informações da assessoria de imprensa do National Geographic Channel.